ENDOCARDIOSE MITRAL EM CÃES: UM DIAGNÓSTICO A SER CONSIDERADO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1877Palavras-chave:
DEGENERAÇÃO, ENDOCARDIOSE, VALVAResumo
Introdução: A Endocardiose Mitral, também conhecida como Doença Mixomatosa da Valva Mitral, é uma doença degenerativa progressiva que ocorre na valva atrioventricular esquerda (valva mitral). Essa é a cardiopatia mais comum no cão, responsável por 75% dos casos de doenças cardíacas. Em 60% dos casos, a degeneração ocorre apenas na valva mitral, contudo em 30% dos casos, a valva atrioventricular direita pode ser afetada juntamente com a valva mitral. Objetivo: Abranger o conhecimento sobre a Endocardiose Mitral para todos os profissionais da área de Medicina Veterinária, visando a ampliação da compreensão de todos. Materiais e Métodos: Revisão de literatura realizada em 2021 empregando as informações de Pubvet, Revista Científica Eletrônica De Medicina Veterinária e Livro. Resultados: A Endocardiose pode acometer cães de qualquer raça. Porém, raças de pequeno porte e machos possuem maior incidência. Sua etiologia permanece desconhecida, embora exista uma tendência genética comprovada em cães da raça King Cavalier Cocker Spaniel. Pode-se observar na valva mitral um espessamento nodular de tamanhos variados, consistência firme, superfície lisa e brilhante, havendo substituição da camada esponjosa da valva por um tecido conjuntivo mixomatoso, permanecendo encurtada e espessada. Devido a mecanismos compensatórios, os animais podem ser assintomáticos nos quadros iniciais da doença. Entretanto, com o tempo e o avançar da idade, a progressão da degeneração valvar evidencia-se pelo sopro, podendo chegar ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Outros sinais clínicos encontrados são tosse, insônia, dispneia, síncope, perda de apetite e letargia. Nos casos mais graves é possível observar cianose, mucosas pálidas e intolerância a exercícios. O diagnóstico sucede-se através dos exames complementares, sendo eles eletrocardiograma, ecocardiograma, exame radiológico e bioquímica sérica. O tratamento é paliativo, variando de acordo com o paciente e em que estágio a doença se encontra, tendo em vista a melhora dos sinais clínicos. Conclusão: Portanto, apesar de pouco sintomático, quaisquer sinais como a presença de sopro, devem levar à suspeita e posterior investigação. A anamnese, exames físicos e complementares, tornam-se indispensáveis para o diagnóstico de Endocardiose. Visto que essa doença progressiva não possui uma cura, a relevância do prognóstico é proporcionar alívio sintomático e conforto ao paciente.
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