MENINGOENCEFALITE GRANULOMATOSA E NECROSANTE EM CÃO - RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1867Palavras-chave:
ANDAR EM CÍRCULOS, CONVULSÃO, MEG, SNCResumo
Introdução: Meningoencefalite Granulomatosa (MEG) é um processo inflamatório caracterizado pelo aumento de células inflamatórias nas meninges e no encéfalo, formando granulomas. Os sinais clínicos podem incluir convulsões, letargia, andar em círculos e cegueira. Pode ser dividida em três formas: a forma ocular dissemina-se pelo nervo óptico com início agudo de cegueira, a forma focal acontece pela presença de uma massa crescente, com lenta evolução de sinais neurológicos, e a forma disseminada causa sintomas com rápida evolução, apresentando qualquer sinal neurológico. O diagnóstico definitivo é obtido pelo exame histopatológico do SNC. O tratamento para MEG é através da administração de glicocorticóides imunossupressores. Objetivo: Relatar um caso de um cão que apresentou sintomatologia nervosa e teve achados histopatológicos compatíveis com MEG. Material e Métodos: No Hospital Veterinário da UFMS, foi atendido um cão da raça Schnauzer, macho, 4 anos, com histórico progressivo de letargia, andar em círculos para a direita e alotriofagia. Ao exame neurológico foi observado: hiperexcitabilidade, nistagmo horizontal, estrabismo ventral, desorientação e andar em círculos e pleurotótono para direita. Foi realizado o teste sorológico para Leishmaniose e Cinomose Ag com resultado negativo. Resultados: Diante das alterações encontradas foi iniciado o tratamento com Prednisolona (1mg/kg, SID) e Organoneuro Cerebral (1 cápsula, SID). O paciente retornou após um dia, com crises convulsivas, sendo medicado com Diazepam e, após não ter sido obtido o controle, o paciente foi induzido com Propofol. Ao tentar retirar o paciente da indução, as crises convulsivas retornavam sucessivamente e, ao final do dia, o animal veio a óbito. O corpo do animal foi encaminhado para o exame de necropsia e histopatológico, onde foi revelado a presença de inflamações multifocais na substância branca periventricular e substância cinzenta subjacente, associadas à necrose, além de múltiplos vasos sanguíneos do parênquima com endotélio levemente tumefeito e, por vezes, com presença de plasmócitos, macrófagos e neutrófilos. Conclusão: Desta forma, foi confirmado a presença de Meningoencefalite Granulomatosa e Necrosante. Sendo assim, os sinais clínicos neurológicos múltiplos e a evolução aguda e progressiva mostraram que a MEG se apresentou na forma disseminada. O uso do glicocorticóide na dose antiinflamatória não foi suficiente para dar uma sobrevida ao animal.
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