CLÍNICA DE LEISHMANIOSE VISCERAL FELINA: REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1849Palavras-chave:
FELINOS, INESPECÍFICO, LEISHMANIA SPP, SINAIS CLÍNICOS, VISCEROTRÓPICAResumo
Introdução: Ao discutir a Leishmaniose Visceral, os cães são considerados os principais reservatórios do parasito, inclusive, a infecção desses é considerada fator de risco para a infecção em humanos. No entanto, focaliza-se que pertinentemente ao aumento da domesticação de felinos, os gatos são enquadrados como componentes com destaque na cadeia epidemiológica, ultrapassando o status, anteriormente, de reservatórios acidentais. Objetivos: Assentar, por meio da análise de literatura, a clínica da leishmaniose em felinos. Material e métodos: No presente estudo, equivalente à uma revisão de literatura, foram utilizados artigos no idioma português e inglês e buscas nas plataformas Portal de Periódicos CAPES, ScienceDirect e Scopus. Buscou-se artigos que abordassem tópicos sobre os aspectos clínicos da enfermidade em gatos. Resultados: À conta de sua proximidade com seus tutores, considerou-se a espécie como participante importante no processo de infecção por Leishmania spp. O grande desafio é porque os gatos podem ou não apresentar sinais e, quando presentes, são inespecíficos. Independente da espécie de agente, se dermatotrópica ou viscerotrópica, as principais manifestações em gatos são alopecia, eritema, nódulos, pápulas e úlceras, sobretudo, em focinho, orelhas externas, plano nasal e regiões perioculares. Relata-se afecções oculares que abrangem edema e úlceras de córnea, como também, uveíte purulenta e nódulos palpebrais. A linfadenopatia é um sinal inabitual em felinos, diferentemente do que ocorre em cães. Quando se comenta sobre a Leishmaniose Visceral, a patologia pode assumir um quadro atípico agudo em felinos, o que dificulta seu diagnóstico e, principalmente, seu tratamento. As manifestações sistêmicas, pouco frequentes, incluem anorexia, apatia, desidratação, diarreia, estomatite perda de peso e vômito, sinais que são inespecíficos e, portanto, não auxiliam no diagnóstico da patologia. As técnicas laboratoriais podem ser as mesmas efetuadas no caso da Leishmaniose Visceral Canina, como os métodos sorológicos e moleculares. Conclusão: A Leishmaniose Visceral Felina é, presumivelmente, subnotificada. É preciso reconhecer que em áreas endêmicas para a enfermidade, a leishmaniose visceral deve ser listada como diagnóstico diferencial em felinos. A doença, em virtude do seu impacto na saúde pública, exige investigações aprofundadas e, valida-se a necessidade de vigilância epidemiológica dos casos.
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