SÍNDROME VESTIBULAR POR OTITE MÉDIA FELINA - RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1819Palavras-chave:
INCOORDENAÇÃO, NISTAGMO, VESTIBULOPATIAResumo
Introdução: A síndrome vestibular felina é um conjunto de sinais clínicos que se manifestam por alterações no sistema vestibular, responsável por manter o equilíbrio e correto posicionamento do corpo. Apresenta-se clinicamente como inclinação de cabeça, movimentos rotatórios do corpo, nistagmo e ataxia. Sua principal causa é a otite média. Objetivo: Relatar um caso de síndrome vestibular por otite média, abordando a conduta diagnóstica e terapêutica. Material e Métodos: Gata, fêmea, castrada, SRD, 9 anos, queixa de incoordenação e prurido auricular. Em exame clínico observou-se inflamação com presença de cerúmem amarelo em ambos ouvidos, inclinação de cabeça (Head-tilt), movimentação em círculos, ataxia e nistagmo horizontal. Exames complementares foram solicitados para elucidação do caso, não havendo alterações em análise sanguínea, entretanto a citologia e cultura e antibiograma mostraram infecção mista de bacilos (Staphylococcus pseudointermedius), resistentes a ampicilina e leveduras (Malassesia pachydermatis), já o raio-x, constatou espessamento e esclerose de bula timpânica. Os achados laboratoriais e de imagem confirmam o diagnóstico de otite média. O tratamento foi instituído com solução auricular à base de diazinon, pimaricina, neomicina e acetato de dexametasona (6 gotas bilateral/BID/14 dias), amoxicilina com clavulanato de potássio (15mg/kg/BID/14 dias), omeprazol (0,5mg/kg/SID/20 dias) e dicloridrato de flunarizina (0,4mg/kg/SID/20 dias). Resultados: A paciente obteve melhora clínica com o tratamento instituído, entretanto manifestou inclinação de cabeça persistente como sequela da lesão irreversível das estruturas neurológicas. O tratamento com dicloridrato de flunarizina foi mantido por tempo indeterminado. Conclusão: A conduta diagnóstica e terapêutica foi empregada conforme literatura, visando rápido diagnóstico e tratamento eficiente, reduzindo os riscos de sequelas neurológicas. A paciente apresentou evolução positiva, tendo remissão dos sinais clínicos.
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