PROTOCOLO MODIFICADO DE CRIOTERAPIA EM DISTIQUÍASE - RELATO DE 6 CASOS EM CÃES
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1815Palavras-chave:
DISTIQUÍASE, CRIOTERAPIA, CÃESResumo
Introdução: A Distiquíase define-se como o surgimento de pelos anormais na margem palpebral. Em casos leves é considerada um achado clínico. Nos casos graves pode levar a sinais de desconforto e ceratites ulcerativas. O tratamento visa o controle da inflamação e sinais clínicos secundários. A epilação manual é temporária e promove alívio da irritação. O tratamento definitivo compreende métodos cirúrgicos como crioterapia e eletroepilação. Objetivo: O presente trabalho relata 6 cães, da raça Shih Tzu, apresentando distiquíase, sinais clínicos de ceratite e histórico de ulcerações corneanas que foram submetidos a crioterapia com protocolos diferentes dos relatados na literatura. Material e métodos: Em 1 cão foram realizados 3 ciclos de 12 segundos de congelamento enquanto nos pacientes subsequentes 3 ciclos de 10 segundos. Resultados: Todos apresentaram edema palpebral intenso, hiperemia e despigmentação pós-operatória. O tratamento pós incluiu prescrição sistêmica de antibiótico, antiinflamatório e analgésico, além de colírio lubrificante e Regencel®. Conclusão: O protocolo de crioterapia utilizado foi diferente do relatado na literatura com o objetivo de diminuir os efeitos adversos como edema e necrose palpebral, mas ainda sim levando a destruição dos folículos pilosos. A totalidade dos pacientes apresentaram edema palpebral transitório severo, com resolução entre 7 a 10 dias, e despigmentação palpebral pós procedimento, com implicações puramente estéticas. Somente um animal portador de distiquíase severa apresentou recidiva, com retorno de 3 pelos sem sinais de desconforto, o que levou os autores a considerar o tratamento eficaz. A crioterapia com protocolo curto se mostrou eficiente para o tratamento de distiquíase em todos os animais em que foi realizada, não implicando em perda de estrutura palpebral .
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O conteúdo desta revista foi migrado para https://editoraintegrar.com.br