“MEU MAIOR MEDO É DE ME COLOCAR VULNERÁVEL PARA AS PESSOAS”: FORMULAÇÃO DE UM CASO DE ESQUIVA EXPERIENCIAL DE INTIMIDADE
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1673Palavras-chave:
ESQUIVA, FORMULAÇÃO COMPORTAMENTAL, PADRÕES COMPORTAMENTAISResumo
Introdução: Em uma formulação comportamental, o foco deve estar na funcionalidade dos comportamentos analisados nos contextos em que ocorrem. A identificação de relações de contingências é o que permitirá uma boa compreensão e análise do caso, bem como futuras intervenções pertinentes. Objetivos: Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo a formulação comportamental de um caso clínico de uma cliente cuja queixa envolvia crises de ansiedade e dificuldades nas relações interpessoais. Material e métodos: Assim, para alcançar esse objetivo, a terapeuta buscou ensinar a cliente a vivenciar o momento presente, suas emoções, sentimentos, pensamentos e memórias, contribuindo para a redução de esquivas contraprodutivas. Ou seja, a terapeuta utilizou-se do reforçamento positivo para validar as emoções da cliente, bem como exercícios de Mindfulness (atenção plena) e metáforas com o objetivo de ensinar a cliente a expressar os seus sentimentos de maneira menos aversiva. Resultados: Desta forma, percebeu-se que, em função dos padrões comportamentais da cliente de fuga/esquiva em alta frequência, com poucos comportamentos de enfrentamento dos estímulos aversivos, a terapeuta precisou ampliar o repertório de auto-observação para que a cliente conseguisse discriminar quais são os estímulos que antecipavam as crises de ansiedade para que, assim, conseguisse alterar seus comportamentos para novas consequências, ou seja, a proposta seria que a cliente parasse de evitar a situação aversiva para que ela pudesse justamente deixar as sensações desagradáveis surgirem para que pudesse desaparecer naturalmente, proposta que era bem desafiadora para a terapeuta, considerando a rigidez e a inflexibilidade dos padrões comportamentais da cliente. Conclusão: Diante do exposto, é possível concluir, que integrando a Psicoterapia Analítico-Funcional (FAP) e a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), a terapeuta gradualmente estava contribuindo para a promoção de melhorias na maneira como a cliente lidava com os eventos de sua vida.
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