ROTAVÍRUS BOVINO. DETECÇÃO POR TÉCNICAS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO

Autores

  • Edson Moura dos Santos
  • Marcia Helena Braga Catroxo

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/1629

Palavras-chave:

BOVINO, ROTAVÍRUS, MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO

Resumo

Introdução. O rotavírus, classificado na família Reoviridae, gênero Rotavirus, é a principal causa de diarreia em bovinos, acomete também diversos outros animais inclusive os humanos. Importante síndrome que afeta rebanhos bovinos de corte e leite em todo o mundo, causando graves prejuízos econômicos à bovinocultura. O vírus causa uma infecção altamente contagiosa, caracterizada por vômitos, anorexia, prostração, diarreia de consistência pastosa à líquida de cor variável e desidratação. Apresenta altos índices de morbidade e mortalidade, além de reduzir o ganho de peso e aumentar os custos da produção. Objetivo. Diagnóstico rápido do rotavírus bovino por microscopia eletrônica de transmissão. Materiais e Métodos. No período de 2011 a 2021, aproximadamente 430 amostras de fezes bovinas ou fragmentos de intestino delgado de casos clínicos foram enviadas ao Laboratório de Microscopia Eletrônica do Instituto Biológico de São Paulo, SP, Brasil, para diagnóstico viral. As amostras foram processadas para microscopia eletrônica de transmissão utilizando as técnicas de contrastação negativa (preparo rápido), imunomicroscopia e de imunocitoquímica. Na contrastação negativa, as amostras foram suspensas em tampão fosfato 0,1 M e pH 7,0, colocadas em contato com grades metálicas e contrastadas negativamente com molibdato de amônio a 2%. Na técnica de imunomicroscopia, as telas foram incubadas com anticorpo específico para o vírus e com gotas do antígeno. Após, as telas foram contrastadas com molibdato de amônio 2%. Na imunocitoquímica, as telas foram incubadas com a suspensão viral e com gotas do anticorpo primário. Em seguida, as grades foram incubadas em gotas de proteína A em associação com partículas de ouro coloidal (anticorpo secundário) e contrastadas com molibdato de amônio a 2%. Resultados. Ao microscópio eletrônico de transmissão, pela técnica de contrastação negativa foi visualizado um grande número de partículas de rotavírus, arredondadas, não envelopadas, icosaédricas, caracterizadas como partículas “completas” e “vazias”, medindo em média 70 nm de diâmetro em 51 amostras (11,8%). A presença de agregados formados pela interação antígeno-anticorpo caracterizou o resultado positivo obtido, na imunomicroscopia. Na técnica de imunocitoquímica, a reação antígeno-anticorpo foi evidenciada pelas partículas de ouro coloidal sobre os rotavírus. Conclusão. As técnicas utilizadas foram eficientes para o diagnóstico rápido dos rotavírus bovinos.

Publicado

2021-08-02

Como Citar

Santos, E. M. dos ., & Catroxo, M. H. B. . (2021). ROTAVÍRUS BOVINO. DETECÇÃO POR TÉCNICAS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(2), 57. https://doi.org/10.51161/rems/1629

Edição

Seção

Anais do I Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-Line