SIGNIFICADO CLÍNICO DE “HARLEQUIN CELL” NA SÍNDROME HIPEREOSINOFÍLICA PRIMARIA: ESTUDO DE REVISÃO

Autores

  • Júlia Morales Rodrigues
  • Camila Biberg

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/1513

Palavras-chave:

EOSINÓFILOS, LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA, NEOPLASIAS, HEMATOLOGIA

Resumo

Introdução: O sangue é dividido em três partes: serie branca, serie vermelha e plasma. A serie branca é fundamental para o sistema imunológico humano, pois combate substâncias estranhas ao organismo, sendo dividida em 2 grupos: granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e agranulócitos (monócitos e linfócitos). Em especial neste trabalho daremos ênfase aos eosinófilos, células granuladas responsáveis principalmente por reações alérgicas e parasitarias; porém, em alguns casos podendo estar relacionados com quadros graves de síndrome hipereosinofílica, onde os eosinófilos se apresentam elevados no esfregaço sanguíneo do paciente (Valor relativo: ≥ 15%). Esta produção aumentada de eosinófilos pela medula óssea acaba resultando em liberação de células displásicas (“Harlequin Cell”) na corrente sanguínea, podendo ser indicativo de neoplasias. Objetivo: Realizar estudo de revisão sobre o significado clínico da presença de eosinófilos displásicos em esfregaço sanguíneo dos pacientes com síndrome hipereosinofílica. Metodologia: Revisão bibliográfica realizada com base em artigos disponíveis no Pubmed de característica online e gratuito dos anos de 2015 a 2021, utilizando os seguintes descritores: eosinófilos displásicos; síndrome hipereosinofílica; leucemia eosinofílica. Resultados: A síndrome hipereosinofílica primaria também conhecida como neoplásica, relaciona o aumento de eosinófilos no sangue periférico com uma anormalidade clonal dos mesmos na medula óssea (mutação genética), sendo alusivo ao aparecimento de eosinófilos displásicos com granulações roxo-violeta e tamanho aumentado (grânulos metacromáticos), esses eosinófilos com morfologia desconforme são conhecidos na hematologia como “Harlequin Cell”. O aparecimento dessas células no hemograma de pacientes com síndrome hipereosinofília primaria em conjunto com sintomas apresentados pode ser um indicativo precoce de uma leucemia mielóide aguda (LMA) ou leucemia eosinofílica, sendo assim é importante observar e relatar esse tipo de anomalia visualizada no esfregaço sanguíneo do paciente. Conclusão: Apesar do estudo sobre o “Harlequin Cell” ser muito escasso devido ao seu baixo número de casos, se faz necessário mais estudos e investigações clínicos/laboratoriais, pois o mesmo pode ser um forte indício prévio de neoplasias hematológicas. 

Publicado

2021-07-28

Como Citar

Rodrigues , J. M. ., & Biberg, C. . (2021). SIGNIFICADO CLÍNICO DE “HARLEQUIN CELL” NA SÍNDROME HIPEREOSINOFÍLICA PRIMARIA: ESTUDO DE REVISÃO. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(3), 101. https://doi.org/10.51161/rems/1513

Edição

Seção

II Congresso Brasileiro de Saúde On-line

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