MONITORAMENTO DE ISOLADOS DE PSEUDOMONAS SPP. E ACINETOBACTER SPP. RECUPERADOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE LONDRINA EM UM PERÍODO DE CINCO ANOS
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1454Palavras-chave:
ACINETOBACTER SPP., EPIDEMIOLOGIA, PSEUDOMONAS SPP., RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOSResumo
Introdução: Pseudomonas spp. e Acinetobacter spp. são importantes patógenos hospitalares responsáveis por infecções de difícil tratamento e apresentam alta capacidade de adquirir novos determinantes de resistência. O monitoramento das taxas de resistência permite o conhecimento da realidade epidemiológica da instituição, elaboração adequada de estratégias de prevenção e controle de infecções, norteando as terapias empíricas. Objetivo: Determinar o perfil dos isolados clínicos de Pseudomonas spp. e Acinetobacter spp. recuperados no Hospital Universitário (HU) de Londrina no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2020. Material e Métodos: Foram analisados dados referentes às culturas positivas para Pseudomonas spp. e Acinetobacter spp. quanto ao sexo do paciente, tipo de amostra biológica, setor de internação e perfil de sensibilidade aos antimicrobianos. Apenas uma amostra por paciente foi incluída no estudo. Resultados: Um total de 1651 isolados de Pseudomonas spp. e 1853 de Acinetobacter spp. foram incluídos no estudo. A maioria dos isolados (63,8% e 64,2%) foram recuperados de pacientes do sexo masculino internados nas Unidades de Tratamento Intensivo (35,8% e 51,4%), Unidades de Tratamento de Queimados (7,9% e 11,8%) e Enfermaria Masculina (8,1% e 7,0%), respectivamente. Secreção traqueal (38,2% e 52,0%), urina (23,4% e 11,2%), swab de vigilância (7,5% e 15,5%) e tecido (10,4% e 9,4%) foram às amostras clínicas com maior frequência de isolamento destes microrganismos. Taxas elevadas de resistência foram verificadas aos carbapenêmicos (35,6%; 83,6% - Imipenem/35,4%; 82,9% - Meropenem), fluoroquinolonas (29,4%; 59,3% - Ciprofloxacin/22,6%; 55,9% - Levofloxacin), cefalosporinas (24,8%; 62,1% - Ceftazidima/27,1%; 60,9% - Cefepime/59,3% - Ceftriaxona) e aminoglicosídeos (26,0%; 46,4% - Gentamicina/20,4%; 52,8% - Amicacina). As polimixinas apresentaram altas taxas de sensibilidade (50,2%; 30,1% - Polimixina B/47,2%; 39,7% - Colistina). Conclusão: As taxas de resistência observadas demonstram as limitações terapêuticas em infecções causadas por estes patógenos no HU, enfatizando a importância no monitoramento da resistência e adequação de estratégias efetivas de prevenção e controle de infecções.
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