A PRÁTICA DA PSICOLOGIA NA ATENÇÃO BÁSICA: AVANÇOS E DESAFIOS
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1422Palavras-chave:
ATENÇÃO BÁSICA, PRÁTICA CLÍNICA, PSICOLOGIAResumo
Introdução: O processo de inserção da psicologia nas políticas públicas e, especialmente, no campo da saúde na Estratégia Saúde da Família (ESF) proporcionou ao psicólogo outras práticas clínicas para além do consultório. O profissional de psicologia, no campo da saúde pública, compõe o Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), criado visando aumentar o acesso e a qualidade da Atenção Básica (AB). Objetivos: buscou-se compreender os avanços e desafios existentes na prática da Psicologia na AB. Material e métodos: Este estudo apresenta uma revisão integrativa de literatura. O levantamento bibliográfico foi feito nas bases de dados MEDLINE (Literatura Internacional em Ciências da Saúde) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde). Os critérios de inclusão foram: artigos completos publicados nos últimos cinco anos, indexados nos referidos bancos de dados e que contemplassem o objetivo do estudo. Resultados: A partir da análise do material encontrado, destaca-se que a prática do psicólogo nesse campo tem sido marcada pelo uso do modelo clínico tradicional e pelo apoio prestado a ESF, através do matriciamento. Alguns desafios podem ser encontrados nessa área, dentre eles: dificuldades em transpor o modelo clínico tradicional na prática, em decorrência da formação profissional; a falta de conhecimento sobre as políticas públicas; e as dificuldades da atuação pela interdisciplinaridade e pela intersetorialidade. Conclusão: Diante disso, durante a graduação, os estágios supervisionados em Psicologia configuram-se como um instrumento importante para auxiliar a promover a modificação paradigmática do lugar do psicólogo na AB, além de expandirem as conexões entre a universidade, a comunidade e os serviços de saúde. Os estudos investigados apontam para que a Psicologia pense, crie, adeque e aprimore novas e/ou antigas formas de atuação na AB, visando resgatar a cidadania dos usuários e invalidar as barreiras institucionais. Entende-se, ainda, que a psicologia precisa repensar a constituição de um novo tipo de fazer clínico para sua atuação na AB, na qual a coletividade tem a sua produção própria de subjetividade, diferenciada das clínicas e consultórios.
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