ATENDIMENTO AOS SURDOS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1410Palavras-chave:
ASSISTÊNCIA INTEGRAL A SAÚDE, BARREIRAS DE COMUNICAÇÃO, DEFICIÊNCIA AUDITIVA, SURDEZResumo
Introdução: A língua brasileira de sinais, Libras, é a principal forma de comunicação com a população surda no país. Nos serviços de saúde é essencial que os profissionais conheçam essa língua para ofertar um atendimento adequado a essa parcela da população. Objetivo: Descrever como é o atendimento a pacientes surdos no Sistema Único de Saúde. Material e métodos: Pesquisa bibliográfica realizada na plataforma da Biblioteca Virtual de Saúde - BVS, utilizando o termo “libras”, cujo resultado apresentou 456 artigos, deste apenas 13 se enquadravam na temática em estudo e nos critérios de inclusão, a saber, ser de língua portuguesa, disponibilizar gratuitamente o texto completo e ter publicação entre 2016 e 2021. Resultados: Houve um consenso na literatura analisada quanto a presença de barreiras na comunicação entre profissional de saúde e paciente surdo, alegando dificuldades para compreensão dos sinais e sintomas relatados pelo paciente, como também há um déficit no entendimento das orientações passadas pelos profissionais, de forma que o atendimento decaí no quesito qualidade e expõe esse público a maiores riscos, contribuindo para uma maior resistência desses indivíduos a procurar os serviços de saúde. A maioria dos pacientes surdos utilizou a presença de um acompanhante ouvinte como intérprete durante os atendimentos, comumente um membro da família, gerando nos pacientes perca da privacidade, especialmente em assuntos íntimos, vale ressaltar que a utilização de um intérprete não garante a transmissão da informação na integra. A literatura apontou, em unanimidade, para o ensino de Libras durante a formação acadêmica nos cursos da área de saúde, como principal recurso para melhora na comunicação profissional-paciente e consequentemente proporcionar um atendimento integral. Em consonância a isto, em alguns dos artigos analisados, os pacientes surdos relataram que ao serem atendidos por profissionais que conhecem a língua de sinais se sentem respeitados, acolhidos e incluídos. Conclusão: A comunicação com o paciente surdo ainda constituí uma importante barreira no atendimento ofertado a este nos serviços de saúde. Como possíveis soluções a pesquisa citou o ensino de libras e o uso do acompanhante como intérprete.
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