MODULAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL COMO ESTRATÉGIA DE RESPOSTA IMUNOLÓGICA À COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1192Palavras-chave:
COVID-19, MICROBIOTA INTESTINAL, PROBIÓTICOS, SARS-COV-2Resumo
Introdução: O intestino é o maior órgão que estabelece uma interface com o ambiente externo e é também uma barreira dinâmica que abriga uma complexa comunidade microbiana. Estima-se que o intestino de um indivíduo adulto contenha aproximadamente 1014 micro-organismos (10 vezes mais células do que todo o corpo humano). O intestino pode ser considerado também um dos mais importantes órgãos relacionados a resposta imunológica e tem recebido destaque na relação com a Covid-19, doença causada pela espécie SARS CoV2. Dentre os sintomas causados pela Covid-19, está a disbiose que resulta na supressão de micro-organismos benéficos, em detrimento ao crescimento de patógenos oportunistas. Objetivo: Avaliar o impacto da microbiota intestinal na resposta imunológica à Covid-19. Material e métodos: Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica realizada nas bases de dados Web of Science, Science Direct e PUBMED fazendo uso da estratégia de busca com descritores: COVID-19, Microbiota Intestinal, Probióticos e SARS-CoV-2. Resultados: Alterações significativas da microbiota intestinal de pacientes com Covid-19 foram evidenciadas pelo fato de que SARS-CoV-2 é capaz de se multiplicar tanto nas vias respiratórias como nos tratos digestivos, consequentemente afetando a anatomia e fisiologia do trato gastrointestinal. Além disso, estudos demonstram persistência por período prolongado de SARS-CoV-2 no íleo e duodeno de pacientes após a infecção inicial. Evidências sugerem relação entre o eixo intestino-pulmão, que até certo ponto pode ser modulado por probióticos, amenizando sintomas gastrointestinais e protegendo o sistema respiratório. Conclusão: O equilíbrio da microbiota intestinal parece estar fortemente associado a efetiva resposta imunológica de pacientes com Covid-19. Alterações metabólicas preexistente podem atuar como fatores de estresse a microbiota benéfica e resultar no aumento de espécies microbianas prejudiciais. Estes dados indicam que a adoção de estratégias para modulação da microbiota intestinal, através de uma alimentação saudável que favoreça a microbiota intestinal benéfica e outras estratégias como o uso de probióticos, pode reduzir a gravidade da doença Covid-19.
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