INFECÇÕES POR STAPHYLOCOCCUS COAGULASE NEGATIVA E O SEU IMPACTO NAS IRAS.
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1177Palavras-chave:
GÊNERO STAPHYLOCOCCUS, INFECÇÃO HOSPITALAR, OXACILINA, RESISTÊNCIA BACTERIANAResumo
Introdução: O índice de Infecções Associadas à Assistência à Saúde (IRAS) é descrito nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), onde os pacientes estão em situação de saúde debilitada. Dentre os principais patógenos causadores dessas infecções está o Staphylococcus Coagulase Negativa (SCoN), micro-organismo oportunista, que coloniza majoritariamente pacientes imunodeprimidos em UTIs. Objetivo: O trabalho objetivou avaliar o índice de IRAS causadas por SCoN nas infecções primárias de corrente sanguínea com confirmação laboratorial (IPCSL) de UTI adulta, no Brasil. Metodologia: Refere-se a um estudo com caráter epidemiológico, descritivo, de série temporal realizado entre os anos de 2015 e 2017, a partir de dados secundários dos indicadores do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, disponível na base de dados da ANVISA. Foram avaliadas as notificações, o tipo de UTI e os micro-organismos envolvidos. Os dados foram analisados estatisticamente por meio do Excel®. Devido a natureza do estudo, é dispensável a apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Os dados evidenciaram que, no período avaliado, o SCoN foi um dos micro-organismos mais prevalentes em IPCSL de UTI adulta, a propósito, no ano de 2016, liderou o número de notificações da condição avaliada, com 3.211 casos (18,9%). Nos anos de 2015 e 2017, o micro-organismo ocupou a segunda posição, com prevalência de 16,5% e 18,6%, respectivamente. A evidência do SCoN instiga questionamentos quanto a correta utilização de dispositivos médicos, em especial, o cateter venoso central (CVC). Pois, entre os cocos Gram positivos frequentemente notificados em IPCSL associada a CVC, o SCoN apresentou elevada resistência a oxacilina, com 74,9% (2015), 78,7% (2016) e 72,2% (2017). Conclusão: Portanto, a prevalência do SCoN em IRAS na UTI adulto, comprova que há ineficácia nas medidas de combate a bactéria, impactando no número de mortes dos pacientes acometidos por essas infecções. Dessa maneira, é vista a importância da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar atuando no controle do uso de antimicrobianos e nas notificações aos órgãos de saúde, para que haja uma melhor avaliação dos indicadores de eficiência nos procedimentos empregados para o controle de IRAS.
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