ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS UNIDADES HOSPITALARES NOTIFICADORAS DE INFECÇÕES ASSOCIADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (IRAS) NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1176Palavras-chave:
INFECÇÃO HOSPITALAR, UTI, VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICAResumo
Introdução: Infecções Associadas à Assistência à saúde (IRAS) são causadas por micro-organismos em ambientes hospitalares, podem decorrer, entre outras circunstâncias, de métodos invasivos como: cateteres venosos, sondas, ventilação mecânica, com prevalência em UTIs. Cerca de 20% das mortes no mundo são por IRAS, portanto, há necessidade de medidas para prevenir a contaminação de pacientes. Dessa forma, os sistemas de vigilância epidemiológica se fazem necessários para avaliar a eficácia dessas medidas, como também descrever os principais patógenos envolvidos nas infecções. Objetivo: Avaliar o perfil de notificação de IRAS no Brasil entre 2012 e 2018. Metodologia: O estudo retrospectivo, de natureza descritiva e epidemiológica, embasou-se em dados disponibilizados pela Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde (GVIMS) da ANVISA, para descrever a situação das IRAS. Resultados: As IRAS são muito prevalentes em ambientes hospitalares, entretanto, nem todas as unidades de saúde efetuam corretamente as notificações dos casos, porém nos últimos anos o cenário apresenta mudança nas UTIs adulta. O número de hospitais que notificaram infecções primárias de corrente sanguínea com confirmação laboratorial (IPCSL) associados à cateter venoso central (CVC) passou de 832 hospitais em 2012 para 1361 em 2018, apresentando um aumento de 63,6%. Considerando que no período, o Brasil apresentava 1776 hospitais com UTI adulto, vê-se uma crescente atuação nas notificações, como também, um impacto significativo na densidade de incidência por ano: 5,75 em 2012 e 4,15 em 2018. Nesse contexto, os estados com número de serviços que mais relataram infecções em hospitais em 2018 foram São Paulo (419), Rio de Janeiro (210) e Minas Gerais (160). Entretanto, Roraima demonstrou menor índice de notificação, apenas um serviço realiza notificação, refletindo na segurança dos pacientes, pois, não se tem parâmetros para avaliar os casos de IRAS, bem como a evolução no combate aos micro-organismos mais patogênicos. Conclusão: De acordo com os resultados se observa que parâmetros devem ser seguidos para notificações de IRAS em UTIs, garantindo um tratamento eficaz, sem agravantes para os pacientes. Também é de fundamental importância que haja notificação por parte dos hospitais para que sejam avaliados tratamentos aplicados para o controle de IRAS.
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