SARS-COV-2 E LESÃO CARDÍACA: A RELAÇÃO ENTRE BIOMARCADORES E PROGNÓSTICO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1118Palavras-chave:
BIOMARCADORES CARDÍACOS, INFECÇÕES POR CORONAVÍRUS, LESÃO CARDÍACAResumo
INTRODUÇÃO: A pandemia causada pelo novo coronavírus tornou-se o epicentro dos esforços em estudos científicos a fim de compreender os mecanismos fisiopatológicos que levam a desfechos, em muitos casos, tão graves. É sabido que a presença da enzima conversora da angiotensina 2 (ECA2) presente em vários órgãos como rins, fígado, pulmões e coração levanta um alerta para o potencial causador de falência múltipla de órgãos. A partir do conhecimento prévio desse potencial de lesão em vários órgãos, foram realizados estudos a fim de compreender qual o papel que a infecção pelo Sars-CoV-2 desempenha na lesão cardíaca. OBJETIVO: Compreender as relações dos biomarcadores de lesão cardíaca a fim de alertar sobre a importância da avaliação cardíaca dos pacientes com Covid-19. MÉTODO: Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados PubMed e SciELO, selecionando artigos publicados entre 2019 e 2021, com adoção de palavras chaves como “COVID-19”, “marcadores cardíacos” e “lesão cardíaca”. RESULTADOS: A lesão cardíaca aguda está diretamente relacionada à gravidade da Covid-19 e associada a um risco de mortalidade 4 vezes maior. Marcadores cardíacos, como CK-MB, NT-proBNP e troponina I, indicam lesão cardíaca durante a infecção pelo novo coronavírus. É sabido que o aumento dos níveis séricos desses biomarcadores em pacientes com Covid-19 advém de um cenário de intensas lesões celulares do miocárdio, tendo como fatores causais a hipoxemia e reação intensa do sistema imune em resposta a chuva de citocinas gerada pela ação viral. Estudos apontam que a troponina I está mais elevada em pacientes infectados com Sars-CoV-2 em quadro grave quando comparados aos quadros leves, apresentando um risco 80% maior de morte. Além disso, evidenciou-se casos de tamponamento cardíaco e miocardite fulminante após infecção por Covid19. Avaliações de mudanças dinâmicas em hsTnl e NT-proBNP mostram elevação dos biomarcadores de lesão cardíaca durante o período de hospitalização e elevação imediata após a morte, sugerindo danos cardíacos preexistentes a síndrome de disfunção de diversos órgãos. CONCLUSÃO: Conclui-se a necessidade de medição longitudinal de biomarcadores de danos cardíacos, proporcionado a descoberta de um subgrupo de pacientes com dano cardíaco e, dessa forma, prever progressão de Covid-19 para um quadro grave.
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