EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS DE D. tessmannii Harms APÓS APLICAÇÃO DE ULTRASSOM EM SEMENTES
Resumo
Introdução: A espécie Dussia tessmannii Harms (Feijão Bravo) pode ser encontrada na Costa Rica, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil (estados do Acre e Amazonas). Ela possui folhas compostas imparipinadas, seu tronco pode atingir até 45 m de altura e 1 m de diâmetro, cada fruto contem até 3 sementes que medem em média (34,41 x 21,93 x 17,07 mm). No Brasil a espécie é considerada rara e são escassas informações sobre sua emergência. O uso de ultrassom tem sido uma alternativa eficaz para acelerar a emergência de espécies. Objetivo: Este estudo visou analisar se o uso de ultrassom favorece a emergência de D. tessmannii. Material e métodos: Coletou-se 80 sementes de Feijão Bravo de uma matriz localizada no Parque Zoobotânico (PZ) da Universidade Federal do Acre (UFAC), campus sede, situada em Rio Branco/AC. As sementes foram despolpadas e armazenadas por 1 dia na câmara fria do viveiro do PZ. Posteriormente, as sementes foram tratadas em solução aquosa de 50% de hipoclorito de sódio, sendo imersas por 10 minutos para esterilização. Neste trabalho utilizou-se 4 testes com 8 sementes cada, sendo estes Grupo controle (Tratamento com imersão em água por 2 minutos mas sem uso de ultrassom), Teste 1 (com intensidade de 0,5 W/cm²), Teste 2 (com intensidade de 1,0 W/cm²) e Teste 3 (com intensidade de 1,5 W/cm²), em todos a aplicação a 1 MHz de frequência com duração de 2 minutos. Com exceção do Grupo controle, os demais foram repetidos 3 vezes na mesma data. Colocou-se as sementes em duplas dentro de um copo descartável com 50 mL de água sobre o transdutor do ultrassom (Sonomed V, Carci ®). Após tratadas, as sementes foram depositadas em embalagens plásticas com areia e armazenadas em uma casa de vegetação, sendo monitoradas diariamente. Resultados: As emergências ocorreram entre as datas 30/01/2020 e 19/02/2020. O grupo controle apresentou 100% de emergência, enquanto os Testes 1, 2 e 3, apresentaram em média, respectivamente, 33,3%, 12,5% e 20,8%. Provavelmente a aplicação de ultrassom acarretou danos ao tecido vegetal das sementes. Conclusão: Conclui-se que o uso de ultrassom inibiu a emergência de D. tessmannii.
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