ANÁLISE DE MACROINVERTEBRADOS EM TRANSPLANTE SIMULTÂNEO DE SOLOS
Resumo
A fauna de macroinvertebrados do solo depende e é influenciada diretamente pelo manejo e pela qualidade do solo no qual habita. Nossa hipótese era que o transplante de solo da mata para a área de monocultura, os macroinvertebrados resistam menos pelos tipos de tratamento do solo. O objetivo deste estudo foi verificar a persistência ou não de macroinvertebrados em diferentes tipos de solo, considerando-se um solo alterado para agricultura e um solo de fragmento de mata reflorestado. Foram realizados transplantes recíprocos de solos entre essas duas áreas encontradas em uma fazenda produtiva no Sudeste Paulista, onde se localiza o campus UFSCar-Lagoa do Sino, a metodologia utilizada baseou-se na adaptação do procedimento de coleta do solo da Embrapa, cada área recebeu amostras de solo de outra área em um quadrante de 25x25x10 cm, sendo duas amostras para o tratamento e duas de caracterização, além de amostras controle, todas ficaram expostas ao ambiente por 21 dias, contabilizando 12 amostras por coleta. Foram feitos três transplantes em 3 tempos independentes, os invertebrados visíveis a olho nu foram extraídos e fixados em recipientes contendo álcool 70%. Foram coletados um total de 353 indivíduos separados em 16 ordens, a ordem mais coletada foi a Hymenoptera (20,7%), seguida de Blattodea (15,3%) e Coleoptera (15%). A maior abundância foi encontrada para o tratamento Fragmento Controle (161 indivíduos) e Fragmento Caracterização (155 indivíduos). A riqueza de espécies total nos tratamentos também mostrou uma redução aparente em decorrência do tempo de cada transplante. O coeficiente de variação do estudo (23,44%) foi bastante explicativo com a realidade do ambiente. O teste de Scott-Knott para riqueza mostrou maior semelhança entre os tratamentos Fragmento Controle (12,06±1,35) e Fragmento Caracterização (9,64±0,88), diferindo dos tratamentos Fragmento/Monocultura (1,09±1,09), Monocultura Caracterização (5,54±2,27), Monocultura Controle (5,03±3,09) e Monocultura/Fragmento (4,96±1,42). Não houve relação entre os índices de diversidade de Shannon e Simpson e os tempos e tratamentos (P>0.05). A riqueza e abundância se mostraram maiores nos tratamentos na área do fragmento, corroborando com a hipótese inicial que os macroinvertebrados resistam menos em área de monocultura, provavelmente devido aos tipos de tratamento aplicados ao solo e variáveis ambientais expostos.
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