COMPORTAMENTO DE TATUZINHOS-DE-JARDIM (ONISCIDEA) EXPOSTOS A DIFERENTES ESPECTROS DE LUZ
Resumo
Introdução: Tatuzinhos-de-jardim são crustáceos da ordem Isopoda, facilmente visíveis em nosso cotidiano, que vivem sob a serapilheira. Possuem importante papel na decomposição da matéria orgânica, e poucos estudos consideram a influência de cores de luz em seu comportamento. Objetivo: Analisar as diferentes cores de luz no comportamento de fuga desses animais, e nossa principal hipótese era que maiores comprimentos de onda resultariam em fugas mais rápidas, porque constituiriam maior incômodo aos animais, e menores comprimentos teriam fuga mais lenta, indicando menor incômodo. Material e métodos: Os crustáceos utilizados foram coletados em uma fazenda no município de Buri, no estado de São Paulo, mantidos em recipientes escuros e úmidos, com serapilheira, no total de 15 indivíduos. O experimento incluiu 5 tratamentos com as cores azul, amarelo, vermelho, verde, e a luz branca, utilizada como controle. Utilizou-se uma caixa de papelão, de dimensões 15x7,5x5cm, com metade de seu comprimento descoberto, iluminado pela luz, e metade coberto, com região escura para fuga. Os indivíduos foram selecionados aleatoriamente em grupos de cinco para cada tratamento, posicionados na parte descoberta da caixa e iluminados durante sessenta segundos. Os tempos de fuga de cada um foram anotados, em segundos, com três repetições de cada tratamento. Os resultados foram tabulados em planilhas de Excel, onde foram elaborados gráficos para análise dos dados de cada uma das cores, além de uma análise de variância (ANOVA), com o software R (versão 3.5.2). Resultados: O menor tempo de fuga foi com a luz branca, que constituiria a luz de maior incômodo aos animais, segundo nossa premissa, que poderia ser associada à luz do sol e a um nível de fotofobia. O maior tempo de fuga foi com a luz verde, que indicaria menor incômodo dos animais, o que faria sentido comparando-a à luz filtrada pelo verde das folhas sob as quais esses animais vivem. Estatisticamente não houve significância dos dados nem confirmação da hipótese inicial, em relação aos comprimentos de onda referentes à velocidade de fuga. Conclusão: Pôde-se ver certa tendência, porém mais estudos e repetições seriam necessários para confirmar os resultados sobre a luz branca e verde, especialmente.
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