ALZHEIMER E SEU NOVO RETRATO BRASILEIRO
Resumo
Introdução: este estudo favorece o entendimento da proporção de Alzheimer vigente no país como provedora de análises socioeconômicas e culturais, tais como longevidade e qualidade de vida. Investigações referentes à promoção, informação e tecnologia em saúde de âmbito nacional são indispensáveis para formular um diagnóstico que possibilite o direcionamento de políticas públicas para amparo. Objetivo: explorar a frequência hodierna da doença referente ao público ≥70 anos em território brasileiro. Métodos: para a efetivação do estudo epidemiológico, dados oficiais do sítio eletrônico DATASUS foram recolhidos, sendo a coletânea referente ao período de 1998-2019. O cálculo do número de casos a cada 100.000 habitantes foi realizado conforme a matriz de indicadores da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA). Resultados: de 2015 ao ano de 2019, o número de casos de Alzheimer para maiores de 70 anos obteve regular redução. Esta variou-se de 13,3 casos a cada 100.000 habitantes deste intervalo etário, em 2015, para 10,8/ 100.000, em 2019, o equivalente a aproximadamente 18,8% de diminuição. Neste mesmo período, a categoria ≥70 anos vem crescendo paralelamente. Junto a isso, entre 1998 a 2018, foi verificado acréscimos na proporção de internações hospitalares por Alzheimer na população geral, estes variam de 0,14/ 100.000 habitantes para 0,74/ 100.000. Conclusão: averiguando o acréscimo da população idosa brasileira, fato proporcionado pelo aumento da expectativa de vida, juntamente aos dados que explicitam menor proporção de casos de Alzheimer é possível reiterar uma melhoria no cenário da doença. Isto pode se dar por meio de modificações correlacionadas ao cotidiano da nova terceira idade (o qual vem demonstrando interesse com o mercado de trabalho e, portanto, realiza certas atividades físicas e mentais que colaboram para o bom funcionamento do cérebro), assim como evidencia o desuso do tabaco, um dos provedores da enfermidade degenerativa. Ademais, o decréscimo de casos ocorrentes e o aumento de registros de internação hospitalar são indícios sugestivos de uma melhoria na promoção em saúde, informação e tecnologia do país. Tal realidade é motivo de reflexão sobre a maneira em que as políticas públicas devem se renovar perante este processo de transição demográfica.
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