ESPÉCIES BOTÂNICAS EXÓTICAS PRESENTES EM PARNAÍBA-PI
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2697Palavras-chave:
ARBORIZAÇÃO URBANA, ARECACEAE, ÁRVORES EXÓTICAS, PALMEIRAS EXÓTICAS, PARNAÍBAResumo
Introdução: Parnaíba encontra-se no extremo norte piauiense, na Faixa Litorânea e na Zona da Mata, uma área de transição entre Cerrado e Caatinga, sob influência Amazônica e do Oceano Atlântico. O município tem 436.907 km2 e população estimada em 153.863 habitantes. Estão presentes várias fitofisionomias: praias, dunas, restingas, tabuleiros litorâneos, brejos e manguezais, associados a uma rica biodiversidade. Apesar disso, é comum encontrar árvores e palmeiras exóticas na composição urbana, muitas das quais apresentam boas adaptabilidade e alta capacidade de multiplicação, o que as torna potencialmente invasoras. Objetivos: Identificar arbustos, árvores e palmeiras exóticas em Parnaíba-PI. Material e métodos: Visitas de campo em amostras das fitofisionomias presentes, e nas principais avenidas da zona urbana, de março a setembro de 2021, associadas a estudo bibliográfico. Resultados: As espécies identificadas foram Nim (Azadirachta indica), Algaroba (Prosopis juliflora), Tamarindeiro (Tamarindus indica), Mangueira (Magnifera indica), Jamelão (Syzygium cumini), Moringa (Moringa oleifera), Casuarina (Casuarina equisetifolia), Casatanhola (Terminalia catappa), Tamareira (Phoenix dactylifera), Palmeira Imperial (Roystonea oleracea), Leucena (Leucaena leucocephala), Eucalipto (Eucalyptus sp.), Jambo-vermelho (Syzygium malaccensis), Coqueiro (Cocos nucifera), Chichá-fedorento (Sterculia foetida), Baobá (Adansonia digitata), Flamboyant (Delonix regia), Mamona (Ricinus communis), Algodão-de-seda (Calotropis procera) e Jaqueira (Artocapus heterophyllus). Conclusão: A substituição de plantas nativas por exóticas, além de uniformizar as paisagens e provocar alterações ecológicas e culturais, é uma das causas da perda de biodiversidade no mundo. O Nim possui azadiractina em seu pólen, tóxico para as abelhas, o que pode provocar alterações populacionais desses polinizadores e prejudicar a manutenção do ecossistema e produção agrícola. Assim como outras plantas exóticas, o Nim possui frutos atrativos para a fauna, o que faz com que seja disperso rapidamente, tornando-se invasor. Deve-se evitar o uso de plantas exóticas e focar no uso de plantas nativas, prezando pela variedade biológica e genética, para maximizar os serviços ecossistêmicos e a sucessão ecológica, além de criar memória afetiva com a população e um banco urbano de sementes nativas.
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