DESAFIOS À CONSERVAÇÃO AMBIENTAL EM PROPRIEDADE PRIVADA NO MUNICÍPIO DE MONSENHOR GIL, PIAUÍ
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2653Palavras-chave:
CAATINGA, CERRADO, CONSERVAÇÃO AMBIENTAL, DESMATAMENTO, REMANESCENTE DE VEGETAÇÃO NATIVAResumo
Introdução: Monsenhor Gil encontra-se em área limítrofe de Cerrado e Caatinga, com paisagens interrelacionadas com as condições ambientais, como umidade e solo, onde se observam desde buritizais em baixios com água perene até matas decíduas em topos de morros. Apesar da beleza cênica e da importância ecológica, o município sofre com o avanço do desmatamento sobre sua vegetação nativa. Muitos remanescentes de Cerrado e Caatinga no Brasil encontram-se em propriedade privadas, fora de Unidades de Conservação. Estas poderiam contribuir com a conservação ambiental, mas enfrentam problemas de segurança e gestão. Objetivo: Identificar desafios à conservação ambiental presentes em propriedade privada no município de Monsenhor Gil-PI. Material e Métodos: O trabalho foi feito por análise de imagens de satélite obtidas pelo software Google Earth e 4 visitas à propriedade, localização 5°37'8.04"S e 42°37'23.24"O, de abril a agosto de 2021. Percorreram-se áreas abertas e trilhas já existentes, registraram-se imagens do ambiente, da fauna e da flora, bem como realizaram-se coletas botânicas. Resultados: Identificaram-se as fisionomias de Campo Sujo, Cerrado stricto sensu, Babaçual, Mata Semidecídua, Mata Decídua, Lajedo, Vegetação Rupestre, Mata de Galeria associada a córrego temporário (Riacho Curral de Pedra), e espécimes de madeira comercial. Os principais desafios identificados foram invasão por terceiros, entrada de herbívoros exóticos, herbivoria e pisoteio de plântulas, compactação do solo por veículos e gado, balneário sem controle de visitantes, acúmulo de lixo, poluição do córrego e da laje por sabão derivado da lavagem de roupas, depredação da laje, vestígios de caça, pichações, corte de madeira sem autorização e problemas quanto à delimitação da propriedade. Conclusão: Diante do exposto, propõe-se cercamento e georreferenciamento da propriedade, construção de sede com respectiva contratação de cuidador(a), realização de levantamento florístico e denúncia da retirada ilegal de madeira aos órgãos competentes, para evitar o corte seletivo de espécies madeireiras, potencial fator precipitante de extinção local ou diminuição do banco genético. Também seria benéfico conscientizar a população do entorno da importância de se preservar os remanescentes de Cerrado. Essas medidas poderiam solucionar parte dos desafios enfrentados na propriedade rural e contribuir para a preservação das diferentes fitofisionomias e suas respectivas espécies.
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