OCORRÊNCIA DE Coleocephalocereus pluricostatus Buining & Brederoo (CACTACEAE) EM MUNICÍPIO DA REGIÃO SUL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Resumo

Introdução: A família Cactaceae está amplamente ameaçada de extinção, sendo notória sua viabilidade econômica e ornamental, além de seu importante papel ecológico. O gênero Coleocephalocereus distribui-se pelos domínios fitogeográficos brasileiros Mata Atlântica e Caatinga, e é endêmico ao Brasil. Coleocephalocereus pluricostatus é uma espécie endêmica à Mata Atlântica, sendo nativa aos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Objetivo: O objetivo deste estudo foi relatar a ocorrência da espécie em município da região sul do Estado do Espírito (ES), vista a deficiência de dados quanto ao registro de ocorrência e distribuição da espécie. Material e métodos: A pesquisa foi realizada no município de Jerônimo Monteiro, ES. A área avaliada está sob altitude de 181 m, em relação ao nível do mar, localizando-se às margens de afloramento rochoso, que faz parte do “Morro do Cruzeiro”, a uma distância aproximada de 570 m do centro da cidade. Foram feitas fotografias dos indivíduos amostrados e a coleta de material para identificação do mesmo, no Herbário Capixaba (CAP). Resultados: Os exemplares foram encontrados no período de Julho de 2019. Foram registradas seis moitas de indivíduos, que se encontravam em estágio reprodutivo, onde as inflorescências estavam completamente formadas e abertas. A ocorrência dos espécimes se deu em afloramentos rochosos, ou próxima a estes. Não foi observada a presença de herbivorismo, porém, notou-se a presença de polinizadores, principalmente himenópteros, vista a presença de flores nos indivíduos, o que denota a importância da espécie para grupos de insetos polinizadores. Notou-se que, exclusivamente, as moitas se mostraram presentes próximas umas das outras, não distanciando-se por mais de 10 m das demais. Conclusão: São notórias as ameaças à conservação dessa espécie no Estado do ES, e no, Brasil, como a redução do hábitat dessas populações nativas. O registro da espécie reflete na importância de estudos mais abrangentes acerca da vulnerabilidade, distribuição geográfica e, consequentemente, mecanismos e técnicas a serem tomados para a conservação da espécie.