RESERVAS EXTRATIVISTAS E OS DESAFIOS PARA CONSOLIDAÇÃO COMO UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE USO SUSTENTÁVEL

Autores

  • Raimundo Valdan Pereira Lopes
  • Clarimar José Coelho
  • Jandecy Cabral Leite

DOI:

https://doi.org/10.51189/rema/2363

Palavras-chave:

RESERVAS EXTRATIVISTAS, SUSTENTABILIDADE, DESAFIOS

Resumo

Introdução: A Reserva Extrativista (Resex) redefine duas tradições teóricas, a do desenvolvimento social e a da proteção do meio ambiente, se diferenciando das demais categorias por sua ênfase no homem, ao qual é atribuído o processo de fomentar a conservação. Sendo este um modelo exclusivamente brasileiro de área protegida que tem origem nos conflitos territoriais a partir de 1970, envolvendo interesses opostos sobre a floresta Amazônica. Objetivo: O estudo em questão objetivou promover um panorama sobre o contexto atual da gestão em Reservas Extrativistas, apontando aspectos que impactam negativamente na consolidação desse modelo como Unidade de Conservação de uso Sustentável. Material e métodos: Foi utilizada como fonte principal, a pesquisa bibliográfica, sendo realizadas consultas em artigos de periódicos científicos, banco de teses e consultas de relatórios em portais como o do MMA, ICMBio, ISA, IBGE, SNIF, entre outros. Resultados: A pesquisa evidenciou que os aspectos institucionais, econômicos e sociais assumem um papel importante no aumento das dificuldades na gestão das Resexs, fazendo com que, diante da pobreza, populações extrativistas sejam estimuladas à exercerem outras atividades econômicas por serem mais lucrativas, elevando com isso, o desflorestamento e o aumento das pressões sobre os ecossistemas. Uma vez que o mercado para produtos florestais é limitado e vulnerável às flutuações de preço, inviabilizando a independência econômica dessas populações. Tais desafios são impulsionados ainda pela ausência de Plano de Manejo e Conselho Gestor, representando respectivamente 62% e 8%, em Resexs federais e, 47% e 10%, em Resexs estaduais. Além de outros desafios presentes na maioria das Unidades de Conservação - UCs no Brasil, diante da redução de pessoal para gestão e fiscalização (1 para cada 18.600ha), redução de orçamento (R$4,00/ha), falta de infraestrutura, entre outros. Fazendo com que apenas 11% dessas sejam consideradas de alta efetividade. Conclusão: No contexto das Resexs, pode-se inferir que os aspectos institucionais, econômicos e sociais, exercem forte influência para o aumento do desflorestamento e das pressões sobre os ecossistemas, bem como, do empobrecimento de suas populações.  Contribuindo cada vez mais para que estas percam suas identidades como Unidades de Conservação de uso Sustentável.

Publicado

2021-11-18

Como Citar

Lopes, R. V. P. ., Coelho, C. J. ., & Leite, J. C. . (2021). RESERVAS EXTRATIVISTAS E OS DESAFIOS PARA CONSOLIDAÇÃO COMO UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE USO SUSTENTÁVEL. Revista Multidisciplinar De Educação E Meio Ambiente, 2(3), 137. https://doi.org/10.51189/rema/2363

Edição

Seção

I Congresso Nacional On-line de Conservação e Educação Ambiental