POTENCIAL ECONÔMICO SUSTENTÁVEL DE CRIAÇÃO DE ABELHAS INDÍGENAS SEM FERRÃO EM MURICI DOS PORTELAS-PI
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2292Palavras-chave:
ABELHAS INDÍGENAS, ABELHAS SEM FERRÃO, CONSERVAÇÃO AMBIENTAL, MELIPONÍNEOS, POLINIZADORES NATIVOSResumo
Introdução: No Brasil existem cerca de 250 espécies de abelhas da tribo Meliponini, muitas das quais estão ameaçadas de extinção, seja pela coleta e destruição de seus ninhos, corte de árvores usadas na nidificação e forrageio e pelo uso de agrotóxicos. Garantir áreas de vegetação nativa protegidas do desmatamento e do uso de agrotóxicos é essencial para garantir a sobrevivência dessas abelhas e os seus serviços ecossistêmicos, como a polinização de plantas nativas e culturas agrícolas. Objetivo: Identificar espécies de abelhas indígenas adequadas para criação em propriedade rural privada, em Murici dos Portelas-PI, onde se pretende criar Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), em parte desta. Material e métodos: Analisou-se imagens da propriedade, de 52 ha, localizada em 3°15’46.96’’S e 41°57’04.25’’, através de dados obtidos pelo software Google Earth PRO; fez-se 3 visitas ao local, de junho a setembro de 2021, para identificação de fitofisionomia; realizou-se estudo de artigos científicos para identificação de espécies de meliponíneos nativos com ocorrência no estado do Piauí. Resultados: A área consiste em vegetação arbórea de médio porte, dos domínios de Cerrado e Caatinga. A pesquisa bibliográfica identificou as seguintes espécies de abelhas sem ferrão descritas para o Piauí: Mombuca-vermelha (Camargoia nordestina), Moça-branca (Friesiomelitta doederleini), Friesiomelitta flavicornis, Frieseomelitta silvestrii, Mombuca (Geotrigona mombuca), Iraxim (Lestrimelitta rufipes), Manduri (Melipona asilvai), Tiúba (Melipona compressipes), Uruçu-boi (Melipona fuliginosa), Tiúba-grande (Melipona fasciculata), Mandaçaia (Melipona mandacaia), Munduri (Melipona marginata), Mandaçaia (Melipona quadrifasciata), Bugia (Melipona rufiventris), Mandaçaia-da-terra (Melipona quinquefasciata), Uruçu (Melipona scutellaris), Jandaíra (Melipona subnitida), Mirim-da-terra (Paratrigona lineata), Cupira (Partamona ailyae), Boca-de-barro (Partamona chapadicola), Jati (Plebeia flavocincta), Imrê-ti (Scaptotrigona polysticta), Mandaguari (Scaptotrigona postica), Tuibá (Scaptotrigona tubiba), Borá (Tetragona clavipes), Arapuá (Trigona spinipes), Xupé (Trigona hyalinata), Feiticeira (Trigona recursa),Trigonisca sp.. Conclusão: Sugere-se criação das espécies listadas na propriedade, levando-se em conta fatores ambientais e biológicos envolvidos na manutenção da viabilidade de cada espécie. Recomenda-se obtenção de matrizes em criadouros autorizados e iniciar criação comercial, com produção de mel e multiplicação de colmeias. A atividade tem potencial econômico sustentável e poderia ser realizada na área não transformada em RPPN, contribuindo para a economia local e conservação de abelhas indígenas.
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