FREQUÊNCIA DE INTERAÇÃO ANTRÓPICA EM AVES MARINHAS ENCALHADAS NO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS - LITORAL DE SANTA CATARINA
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2274Palavras-chave:
ENCALHE, AÇÕES ANTRÓPICAS, CONSERVAÇÃO, MONITORAMENTOResumo
Introdução: As ações humanas no ambiente marinho e costeiro vêm aumentando cada vez mais, e com isso vários tipos de impactos negativos são gerados, alguns deles são: o descarte irregular de resíduos sólidos; o aumento do tráfico de embarcações e a colheita indiscriminada de recursos marinhos. Juntos esses impactos diminuem a saúde da vida marinha, impactando tanto as nossas vidas quanto a dos animais ou plantas que vivem nesses ecossistemas. Objetivo: Analisar a frequência dos encalhes de aves marinhas relacionados com a causa antropogênica. Metodologia: A área usada no trabalho foi o município de Florianópolis, localizado no Estado de Santa Catarina. Os dados foram retirados do SIMBA – Sistema de Informação de Monitoramento da Biota Aquática, uma plataforma pública, utilizada para conectar os dados colhidos durante os monitoramentos de praias, o PMP que é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-sal da Bacia de Santos, conduzido pelo IBAMA, onde são realizados monitoramentos diários das praias, pela equipe técnica, tendo como um dos propósitos recolher carcaças de répteis, aves e mamíferos marinhos, assim como animais vivos e debilitados. Foram recolhidos os dados de 01/01/2020 à 01/01/2021. Resultados: Durante o ano, um total de 354 aves marinhas foram encontradas encalhadas, mortas ou vivas (que vieram a óbito posteriormente), levando em consideração somente animais que passaram pela necropsia. Dessas, 55,08% foram avaliadas com indicio de interações antrópicas. A ingestão de resíduos sólidos em tetrápodes marinhos é bastante comum, sendo 6,77% as aves que continham lixo no Trato Gastrointestinal. Apenas um indivíduo (0,28%) foi colocado como impacto com atividade de exploração e produção de petróleo e gás. Classificados como agressão, caça e vandalismo tivemos um total de 9,88% dos animais impactados. A maior parte das interações antrópicas foi referente a pesca, com um total de 42,93% dos indivíduos impactados. Conclusão: Nota-se com esse estudo, que muitas aves marinhas estão morrendo devido a ações antropogênicas e principalmente a pesca, que é responsável pela maioria dos óbitos.
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