ARGAMASSA CIMENTÍCIA COM RESÍDUOS DE POLIETILENO TEREFTALATO PARA USO COMO REVESTIMENTO EXTERNO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
ANÁLISE FÍSICA, MECÂNICA E DE DURABILIDADE A PARTIR DO ENVELHECIMENTO NATURAL
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2060Palavras-chave:
AGREGADO LEVE DE RESÍDUO DE PET, COMPÓSITO, CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL, ENVELHECIMENTOResumo
Introdução: A atual busca pela sustentabilidade acarretou uma preocupação quanto à necessidade de mudanças no sistema de consumo da construção civil. O modelo econômico linear adotado por esse setor, que se baseia no alto consumo de recursos naturais e na grande geração de resíduos, fez dele um dos principais agentes depreciativos do planeta. Afim de atenuar essa atual conjuntura, se tem buscado o desenvolvimento de novos materiais de construção a partir de subprodutos reciclados como alternativa a utilização de recursos naturais. Nesse contexto, a utilização do Agregado Leve de Resíduo de PET (ALRP) como substituto da areia natural em argamassa de revestimento externo pretende ser uma maneira eficiente de conciliar a redução no consumo de agregados naturais pela construção civil e a reutilização de resíduos plásticos de PET (polietileno tereftalato). Objetivo: Diante desse contexto, essa pesquisa tem como objetivo desenvolver uma composição de argamassa cimentícia para uso como revestimento externo em camada única, utilizando uma taxa de substituição de 5% de areia por ALRP, e avaliar seu comportamento mecânico e físico como resultado à aplicação do processo de envelhecimento natural. Material e métodos: Para tanto, foram moldadas amostras prismáticas de argamassa com 0% e 5% de taxa de substituição volumétrica de areia por ALRP, e então determinados os índices de consistência, massa aparente no estado endurecido, módulo de elasticidade dinâmico e resistência à tração e compressão das amostras antes e após à submissão ao processo de envelhecimento natural, sendo todos os ensaios realizados conforme normas técnicas. Resultados: Os resultados indicam que a argamassa com ALRP e sem envelhecimento obteve melhor valor de consistência, massa aparente, módulo de elasticidade e resistência à compressão, no entanto, não houve variação na resistência à tração quando comparado com a argamassa sem uso de ALRP. Além disso, foi verificado o aumento nas propriedades físicas e mecânicas das argamassas endurecidas após o envelhecimento em ambas as composições. Conclusão: Diante disso, foi possível verificar a viabilidade no uso do material produzido devido à melhora nos principais índices de desempenho e à baixa influência depreciativa do processo de degradação natural em função da taxa de substituição utilizada.
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