CONSEQUÊNCIAS AMBIENTAIS DO DESCARTE DOMICILIAR INCORRETO DE MEDICAMENTOS
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2045Palavras-chave:
EDUCAÇÃO EM SAÚDE, MEIO AMBIENTE, SUSTENTABILIDADEResumo
Introdução: Os resíduos gerados pelo descarte incorreto de medicamentos representam um potencial risco à saúde, podendo também causar impactos negativos ao meio ambiente devido às suas características químicas. O Brasil é um dos países com maior consumo de fármacos do mundo, sendo boa parte deles despojada no lixo comum devido à sua não utilização. Objetivos: Analisar as consequências ambientais e à saúde humana provocadas pelo descarte incorreto de medicamentos no âmbito domiciliar. Material e métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica através de consultas nas bases de dados Scielo, PubMed, Lilacs e Google Acadêmico, tendo como critério de inclusão publicações dos últimos cinco anos. Resultados: A pesquisa aponta que entre as principais causas do descarte incorreto de medicamentos estão: a não dispensação da quantidade necessária aos usuários por meio do fracionamento, a distribuição de amostras grátis, práticas publicitárias que conduzem ao consumo desnecessário, o abandono terapêutico e a expiração do período de validade, que levam ao acúmulo domiciliar destes produtos. Tais fatores contribuem para o descarte em lugares inadequados como o lixo comum e a rede de esgoto. Entre os principais prejuízos ambientais apontados pelos autores se destacam a contaminação do solo, recursos hídricos e alimentos. Existe, em relação aos resíduos de antimicrobianos, o perigo de acarretarem maior resistência bacteriana, que ocorre devido a mecanismos de adaptação destes microrganismos potenciados pela presença desses fármacos no meio ambiente. Pode-se também mencionar, entre os danos à saúde humana, a intoxicação que pode produzir alterações no sistema endócrino, potencialmente associadas à doenças como o câncer, à queda da taxa de espermatozoides, deformidades físicas e funcionais e alterações no sistema neurológico. Conclusão: O descarte indevido de medicamentos constitui um problema multifatorial, que necessita de atenção e ações conjuntas de empresas, governo, entidades e sociedade em geral. Deve haver uma educação permanente da população pelos profissionais de saúde, tendo em vista a conscientização ambiental. Sugere-se também a criação de políticas públicas mais rigorosas que ensejem uma maior responsabilização dos fabricantes e fornecedores para que haja o recolhimento e destinação adequados dos resíduos farmacêuticos.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Revista Multiprofissional de Educação e Meio Ambiente implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Revista Multiprofissional de Educação e Meio Ambiente como o meio da publicação original. O conteúdo relatado e as opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.