AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DE ARGAMASSAS COM ADIÇÃO DE PÓ DE TELHA CERÂMICA
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2043Palavras-chave:
RESÍDUO DE CERÂMICA VERMELHA, TELHA, ARGAMASSA, RESISTÊNCIA À COMPRESSÃOResumo
Introdução: É conhecido o grande impacto ambiental gerado pela produção do cimento, tornando indesejável seu emprego desmedido. Por isso, tem-se buscado alternativas para alcançar maiores resistências se o aumento deste aglomerante na composição dos materiais cimentícios. Concomitantemente, há o esforço para a correta destinação e reutilização de resíduos produzidos pelo setor da construção civil. Os produtos cerâmicos ocupam uma parcela considerável deste setor, representando também uma soma notável dos resíduos gerados. Objetivos: Diante deste cenário, o objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento de argamassas cimentícias com adição de resíduos de telha cerâmica frente a sua resistência à compressão. Materiais e Métodos: Para isso, foram elaboradas duas composições com dois tipos de cimento, CP II e CP IV. As composições estudadas foram elaboradas com base no traço comumente empregado para argamassas convencionais, de 1:3 (cimento: areia fina natural) em massa. Para todas as misturas avaliadas, empregou-se uma relação água/cimento de 0,625, definida a partir da análise visual das trabalhabilidade. Para os traços com adição cerâmica, um teor de 1,25% de pó de telha, referente à massa de cimento, foi acrescentado à composição. Resultados: O estudo passou por três etapas: obtenção do pó de telha cerâmica, através da moagem dos resíduos coletados; caracterização granulométrica dos aglomerantes com e sem as adições cerâmicas; e realização do ensaio de resistência à compressão. A partir dos resultados comprovou-se a influência da adição de pó de telha tanto na granulometria quanto na resistência das composições. A adição tornou mais fina a granulometria do cimento CP II, enquanto que aumentou o diâmetro médio da composição com o cimento CP IV. Com relação à resistência à compressão, ambas misturas apresentaram aumento da propriedade, sendo mais evidente para a argamassa com CP IV, em que o aumento foi superior a 50% para 7 dias e 18% para 28 dias. Relaciona-se a mudança na curva granulométrica a este ganho de resistência podendo concluir que houve um efeito de empacotamento de partículas. Conclusão: Por outro lado, a diferença elevada nos valores mecânicos, principalmente a observada para o cimento CP IV, também pode ser atribuída a uma possível interação pozolânica entre o resíduo e a composição do cimento.
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