O PASTEJO DIFERIDO COMO TÉCNICA DE MANEJO E PRESERVAÇÃO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE MARABÁ-PA
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1809Palavras-chave:
PASTAGEM DEGRADADA, COBERTURA DO SOLO, GESTÃO AMBIENTALResumo
Introdução: O município de Marabá possui grande influência na pecuária bovina, estando em 2019 no ranking de 5º maior rebanho do Brasil, com 1,1 milhão de cabeças, demonstrando ser uma atividade importantíssima para a economia local. No entanto, como conciliar o crescimento da bovinocultura com a conservação ambiental? Devido ao déficit hídrico do município de Marabá e a práticas inadequadas de manejo característicos da região, como queimadas, superlotação de animais, falta de adubações e correções do solo, há extensas áreas de pastagem degradadas, com sua capacidade de suporte reduzido, o que desencadeia em constantes desmatamentos em busca de novas áreas. Como solução para a problemática da baixa oferta de forragem no período de estiagem, o pastejo diferido mostra-se como uma excelente alternativa de baixo custo. Objetivo: Objetivou-se abordar os efeitos benéficos do Pastejo Diferido em pastagens degradadas e propor seu emprego em Marabá, apontando as épocas e forrageiras adequadas de acordo com as especificidades do município. Material e métodos: O referencial teórico fundamentou-se em revisões bibliográficas, em periódicos, artigos e sites. Os dados climatológicos foram obtidos no INMET. Resultados: O diferimento de pastagem consiste na vedação de uma parcela da pastagem por meio de piquetes, no final do período chuvoso, com o objetivo de produzir grande quantidade de forragem que será disponibilizada ao animal no decorrer do período seco, reduzindo a perda de peso do animal neste período. Esta técnica atua diretamente na restauração da pastagem, proporcionando a recomposição da cobertura vegetal, revertendo os processos de compactação e erosão do solo, promovendo a recomposição da fauna edáfica e assim reestabelecendo o vigor das plantas. Ao avaliar as características das principais forrageiras utilizadas em diferimentos, selecionou-se a Brachiaria brizantha cv Marandu como melhor opção, e identificou-se como melhor período para a vedação os meses de março e abril, com entrada dos animais em julho e agosto, vedando-se de 30% a 50% da área total no escalonamento de 40% e 60% consecutivamente. Conclusão: O diferimento é uma solução simples, porém pouco difundido na região, há necessidade de estudos que demonstrem quantitativamente seus efeitos positivos tanto na produção como no meio ambiente.
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