PERCEPÇÃO AMBIENTAL: GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE SALVATERRA, PARÁ

Resumo

Introdução: A acelerada urbanização tem estimulado novos hábitos, um deles é a alta produção de Resíduos Sólidos (RS), que, uma vez descartados em lixões, podem causar graves problemas ambientais. Objetivo: Neste sentido, este estudo teve como objetivo analisar a percepção ambiental dos moradores do Bairro Centro e Ramal do Juca a respeito do gerenciamento dos RS do município de Salvaterra, Ilha de Marajó, Pará. Materiais e métodos: Esta pesquisa foi aprovada no comitê de ética da Universidade do Estado do Pará, com número de aprovação: 3.915.797. As entrevistas foram realizadas em dezembro/2019, utilizou-se um formulário dividido em dois blocos, o primeiro bloco sobre o perfil socioeconômico e o segundo sobre a percepção ambiental com afirmações na escala de Likert de cinco pontos. A intensidade de percepção foi classificada como: “baixa”, 1–3; “moderada”, 4–6; e “alta”, 7–10; e foram analisadas utilizando o teste t de Student. Resultados: Foram entrevistados 135 moradores (54% mulheres e 46% homens), distribuídos nas faixas etárias de menores de 20 anos (13,3%), 21 a 40 anos (41,5%), 41 a 60 anos (35,5%) e acima de 60 anos (9,7%). Observou-se que 0,7% dos moradores não possuem escolaridade, 28% possui ensino fundamental incompleto, 9% fundamental completo, 16,3% ensino médio incompleto, 31% ensino médio completo, 11% ensino superior incompleto e apenas 4% superior completo. A maioria dos entrevistados vivem com renda mensal inferior a um salário mínimo, sendo 37,7% com até R$500, 28, 8% até R$ 1000 e 33,5% possuem renda acima de R$1000. Em relação a percepção dos moradores, no Bairro Centro (intensidade de percepção: 7,94) quanto no Ramal do Juca (7,36), foi observada média de percepção alta, com diferença significativa nas duas localidades (p<0,05). Esses resultados evidenciaram que, mesmo em localidades distintas socioeconomicamente, os moradores apresentam conhecimento sobre o gerenciamento de RS em Salvaterra. Conclusão: Portanto, faz-se necessário a criação de políticas públicas, no sentido de difundir informação que favoreçam uma postura proativa dos residentes no processo de gerenciamento dos RS, podendo melhorar o serviço de gerenciamento do RS.