EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA: UM DIÁLOGO SOBRE O SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1803Palavras-chave:
EDUCAÇÃO AMBIENTAL, UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, INSTRUMENTO JURÍDICOResumo
Introdução; o diálogo que ora se propõe é o da perspectiva crítica da produção do espaço na Amazônia paraense a partir da política de criação de Unidades de Conservação (UC) na segunda metade do século XX aos dias atuais, não do ponto de vista da ideia de reserva de espaços verdes para garantir a manutenção da biodiversidade, ou sua utilização como potencial para difundir o uso racional do meio ambiente, por meio da educação ambiental ou ainda na ótica das diferentes territorialidades, conflitos e desafios da gestão desses espaços, mas, sobretudo, do alcance das práticas que os discursos propõem, ou seja, do cumprimento dos instrumentos normativos. Objetivos; mostrar que existe um distanciamento entre a retórica do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e a cotidianidade desses espaços ditos protegidos. Material e métodos; utiliza-se de acervos científicos (teses, dissertações, artigos e livros) que tratam da temática e em bancos de dados de instituições oficiais, sob a égide do método interdisciplinar que permite uma abordagem crítica e de integração das ciências socioambientais para fins de compreensão da complexidade ambiental, especialmente, no âmbito da governança. Resultados; os instrumentos de gestão de UC pouco dialogam com as comunidades mais impactadas e que as restrições de uso impostas pelos mecanismos de controle afetam, sobre maneira as populações tradicionais em detrimento a outros atores sociais de segmentos econômicos, aumentando as diferenças de classes e os conflitos. Exemplo deste distanciamento é o considerável atraso ou a não elaboração do plano de manejo das UC no prazo de cinco anos após a sua criação. Conclusão; ocorre de fato um distanciamento entre a retórica do SNUC e sua operacionalidade que compromete consideravelmente a preservação e o uso sustentável dos espaços protegidos na Amazônia paraense e, que a educação ambiental se apresenta como uma possibilidade de diálogo para minimizar e intermediar interesses e conflitos.
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