MANEJO ALIMENTAR DE BEM-TE-VI (PITANGUS SULPHURATUS) PROVENIENTE DE ECOSSISTEMA URBANO DURANTE REABILITAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1796Palavras-chave:
ALIMENTAÇÃO, AVE, ECOSSISTEMA URBANO, MANEJO, REABILITAÇÃOResumo
Introdução: Pitangus Sulphuratus, ou Bem-te-vi, é uma ave rústica nativa brasileira de alta adaptabilidade alimentar. Em seu habitat, sua base alimentar é composta por insetos, frutas, ovos de outros pássaros, flores, anelídeos, anfíbios (principalmente girinos), pequenos répteis, peixes e crustáceos, além de parasitas como carrapatos presentes no gado. Nas áreas urbanas exploram os recursos alimentares disponíveis, adaptando-se facilmente e reconhecendo fontes alternativas de alimento, como ração de animais domésticos. Essa amplitude da dieta faz com que o bem-te-vi seja eficiente em se adaptar em novos ambientes com diferentes formas de alimento disponíveis. Objetivo: O objetivo deste trabalho é descrever através de metodologia qualitativa a alimentação durante a reabilitação de Bem-te-vi acometido por fratura de asa devido à queda do ninho. Material e métodos: A ave era um filhote, com peso de 26 gramas, recolhido de um pátio residencial. Resultados: Devido ao animal estar na fase de introdução alimentar realizada naturalmente pelos pais, o manejo alimentar durante a reabilitação foi vasto. Era oferecido polpas e pedaços de frutas da estação (frutas que a ave poderia encontrar após a soltura, tais como mamão, manga, amora, framboesas, goiabas, etc.), insetos variados, carne moída (gado e frango), pequenos peixes, ração para aves, ração para cães e gatos, restos de alimento humano, flores, ovos, anelídeos, e com base em estudo sobre a alimentação natural fornecida pelos pais desta ave, além dos alimentos eram oferecidos materiais não comestíveis, como barbantes e pedaços de madeira, afim de familiarizar a ave com estes. A ave aceitava bem a maior parte dos alimentos, porém foi observado que, ao oferecer o mesmo alimento em refeições seguidas quando havia opção de escolha esta optava por outro. Enquanto aos materiais não comestíveis oferecidos, como esperado, ela rejeitou a todos. Após a reabilitação a ave foi devolvida a seu habitat. Conclusão: Desta forma, concluímos que a base alimentar do Pitangus Sulphuratus é ampla, sendo uma ferramenta adaptativa da ave nos ecossistemas urbanos. Quando estas são submetidas ao manejo em cativeiro a alimentação oferecida deve ser ampla, para quando esta ave for reestabelecida no habitat não apresente dificuldade em reconhecer e capturar o alimento.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Revista Multiprofissional de Educação e Meio Ambiente implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Revista Multiprofissional de Educação e Meio Ambiente como o meio da publicação original. O conteúdo relatado e as opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.