A CONVERSÃO DO CONTROLE DE FAUNA EM CAÇA DE CONSERVAÇÃO: O PERIGO REPRESENTADO PELO SURGIMENTO DE EMPRESAS DE SAFARIS DE CAÇA A JAVALIS NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1725Palavras-chave:
CONSERVAÇÃO, CAÇA, JAVALIResumo
Introdução: A introdução do javali (Sus scrofa) em solo brasileiro foi um desastre ao equilíbrio ambiental em nosso país. Onívoro e com imensa capacidade reprodutiva, o javali rapidamente se multiplicou e passou a trazer prejuízos ambientais e econômicos, ameaçando a fauna nativa e as lavouras de produtores rurais. Por este motivo, a caça ao javali foi liberada, permitindo o surgimento de empresas privadas organizadoras de safáris de caça. Apesar de interessante, tal prática nos leva a uma confusão conceitual sobre os objetivos da caça ao javali, pois tais empresas estariam interessadas na perpetuação da espécie e de seu valor econômico, não em seu extermínio (que seria o benefício ambiental). Objetivos: Demonstrar como o surgimento de safaris de caça pode significar uma conversão da caça de controle e extermínio em uma caça de conservação; Propor como alternativa a a busca pela erradicação total da população de javalis no Brasil; Ampliar o debate acerca da caça como mecanismo de conservação e especular cenários para sua ampliação no Brasil - com fauna nativa. Material e Métodos: Utilizamos o método hipotético-dedutivo onde a hipótese é a de que a criação de safaris de caça levará à conservação do javali pelas empresas interessadas em operar a caça. Utilizamos revisão bibliográfica, estudando o maior número possível de material científico, jornalístico e bancos de dados em assuntos concernentes ao tema. Resultados: A pesquisa segue em andamento, considerando que o surgimento dos safaris é recente, contudo os resultados parciais demonstram a incidência precoce de uma confusão conceitual entre caça de controle e de conservação, razão pela acredita-se um novo debate sobre a caça deve ser definido no Brasil. Conclusão: Conclui-se, que a utilização da caça em safaris pode nos levar a um resultado totalmente contrário ao esperado com a liberação do manejo de fauna para javalis no Brasil, gerando a conservação e multiplicação da espécie. Visando lucros, empresas de safaris poderiam se autorregular para preservar as presas, delimitando temporadas de caça e respeitando o ciclo reprodutivo da espécie. Cremos que a melhor solução seria a busca pelo extermínio sistemático dos javalis, sem riscos de abrir espaço à sua multiplicação.
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