RESTAURAÇÃO DO BEM VIVER: PROTAGONISMO JUVENIL PROPICIA A INCLUSÃO DO MANGUEZAL NO PPP DE UMA ESCOLA EM VILA VELHA, ES
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1720Palavras-chave:
AUTONOMIA ESTUDANTIL, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ENSINO EMANCIPADOR, GESTÃO AMBIENTAL, MANGUEZALResumo
Introdução: Os principais pontos de partida deste trabalho foram os desafios da educação tanto preparar estudantes para enfrentamento à convivência com mudanças climáticas quanto lidar com o paradoxo de atender ao pedido do mercado de formar profissionais ou formar seres humanos para habitar uma Terra viva. Objetivo: Relatar a resposta de estudantes dos 7°, 8° e 9° anos do Ensino Fundamental frente às discussões de problemas ambientais locais após desenvolvimento de autonomia e sentimento de pertencimento. Material e métodos: Foram realizadas mediações de educação e gestão ambiental voltadas para importância dos manguezais, da preservação das matas ciliares e da água, conhecimentos prévios dos alunos, diferentes cosmovisões, pesquisas, rede familiar e a organização de mutirão de limpeza do trecho de floresta de mangue próximo à UMEF Leonel de Moura Brizola, periferia de Vila Velha, ES. Desta forma, esperava-se facilitar o desenvolvimento de um sentimento de integração a natureza e olhar investigativo sobre árvores e águas locais. Resultados: Um grupo de seis educandas propôs incluir o manguezal no Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola, a fim de mobilizar um maior número de pessoas. Devidamente orientadas apresentaram, em diferentes momentos, a importância do PPP e do manguezal e, em seguida, aplicaram enquete para consultar o interesse da comunidade escolar sobre a inclusão do tema manguezal no PPP da Escola. Foram consultadas 415 pessoas entre funcionários da secretaria, limpeza, cozinha, alunos e professores, onde 90% foram a favor dessa inclusão. A realização desta ação fez essas educandas despertarem para importância da participação crítica, ativa e democrática de jovens como agentes de transformação e comunicadores na educação e gestão ambiental. Conclusão: Tendo educandas como agentes ativas da aprendizagem, professoras como mediadoras do conhecimento técnico-científico, a construção de uma relação baseada no respeito e diálogo, o conhecimento prévio de educandas e diferentes “cosmovisões”, foram capazes de gerar percepção crítica do ambiente, seus impactos, responsabilidades e possíveis formas de gestão. O ensino emancipador proporcionou o protagonismo juvenil das alunas envolvidas através da ampliação e aprofundamento da relação íntima com sua Escola e com o planeta Terra como organismo vivo para o Bem Viver.
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