CONVIVÊNCIAS E PERCEPÇÕES QUILOMBOLAS DO VALE DO RIBEIRA - SP SOBRE A CONSERVAÇÃO DA FAUNA LOCAL (MATA ATLÂNTICA) E POSSÍVEIS INTERAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO NA TEMÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1683Palavras-chave:
COMUNIDADES TRADICIONAIS, CONHECIMENTO ECOLÓGICO, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ETNOECOLOGIAResumo
Introdução: A Mata Atlântica é um dos biomas mais ameaçados pela perda de biodiversidade desde o início do processo de globalização. Riscos de extinção de espécies da fauna são uma das diversas preocupações dentre os pesquisadores da área das ciências naturais e humanas. De modo interdisciplinar, tais pesquisadores analisam principalmente comunidades que contribuíram para o povoamento do território brasileiro. Estas, também denominadas comunidades tradicionais, são caracterizadas por atividades de baixo impacto ambiental e rico conhecimento ecológico local, por se instalarem de modo geral em meio a florestas e nas margens de rios. Essa relação entre ser humano e natureza foi observada, além de registros em literatura pertinente, em um trabalho já realizado pela autora principal no Vale do Ribeira (SP) nas comunidades quilombolas de Pedro Cubas e Pedro Cubas de Cima em 2019 e início de 2020. As saídas de campo trouxeram diversas concepções e deram espaço e continuidade em outros trabalhos na região. Objetivos: relatar as percepções de moradores das comunidades remanescentes de quilombo do Vale do Ribeira – SP, relacionando seus conhecimentos tradicionais sobre a conservação de espécies, bem como seus encontros e desencontros com as atividades conservacionistas locais. Materiais e métodos: as comunidades possuem dados em conjunto na literatura, Pedro Cubas e Pedro Cubas de Cima contam com 5 escolas em suas proximidades e possuem aproximadamente 222 pessoas, a primeira comunidade se distribui em formato de vila e a segunda com casas dispostas isoladamente. A coleta de dados conta com entrevistas semiestruturadas com moradores, pesquisadores das áreas de Conservação, Etnoecologia, Educação Ambiental e profissionais da educação da região. Resultados: as instituições de ensino locais já possuem um engajamento no que se diz respeito à inclusão do conhecimento tradicional dentro das escolas. Além disso, moradores mais velhos contribuem ativamente em atividades escolares, através de visitas às comunidades e atividades dentro da escola. Conclusão: o engajamento das escolas no protagonismo quilombola na conservação de fauna é uma das diversas soluções para conscientizar principalmente novas gerações quanto às ameaças de extinção de espécies endêmicas, influenciando outros autores a explorarem ainda mais esta temática.
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