FILME BIODEGRADÁVEL COM ADIÇÃO DE EXTRATO DA CASCA DE JABUTICABA (MYRCIARIA CAULIFLORA)
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1387Palavras-chave:
EXTRATOS VEGETAIS, FILMES BIODEGRADÁVEIS, POLÍMEROSResumo
Introdução: A utilização de polímeros biodegradáveis vem ganhando destaque já que tecnologias alternativas estão sendo desenvolvidas para a minimização do uso de plásticos. Polímeros, como amidos e polipeptídios, são empregados junto à agentes plastificantes e solventes para elaboração de filmes biodegradáveis. Extratos de frutas e vegetais também podem ser adicionados à filmes biodegradáveis, oferecendo boas propriedades mecânicas e de barreira, e permitindo a incorporação de aditivos naturais, como antioxidantes. A jabuticaba (Myrciaria cauliflora), uma fruta nativa brasileira, possui em sua casca uma alta atividade antioxidante e teor de compostos bioativos elevado, apresentando um grande potencial para ser aplicada em filmes biodegradáveis e ativos. Objetivos: desenvolver e caracterizar filmes biodegradáveis à base de amido e gelatina contendo extrato da casca de jabuticaba. Material e Métodos: As cascas de jabuticabas foram liofilizadas e moídas até granulometria de 80 mesh. Para a produção dos filmes, pela técnica casting, foram utilizados quantidades padronizadas de fécula de mandioca, gelatina, glicerol e extrato de casca de jabuticaba em diferentes concentrações (F0:controle, F1:0,5 m/v, F2:1,0 m/v e F3:1,5 m/v). Os filmes foram caracterizados quanto às propriedades mecânicas, solubilidade em água, permeabilidade ao vapor de água, microscopia eletrônica de varredura e calorimetria exploratória diferencial. Resultados: Os filmes produzidos apresentaram-se visualmente homogêneos e maleáveis. Para as propriedades de elongação e resistência a tração, os filmes F2 e F3 mostraram maior elasticidade e menor resistência. Não houve diferença significativa (p<0,05) na solubilidade em água para F1, F2 e F3, enquanto F0 apresentou uma solubilidade significativamente superior. A permeabilidade ao vapor de água dos filmes foi estatisticamente superior nos filmes F2 e F3. As microestruturas obtidas mostraram um aumento da heterogeneidade da matriz polimérica do filme de acordo com o aumento de matéria seca no extrato. A calorimetria exploratória diferencial revelou apenas um evento endotérmico para F1, F2 e F3 em 82,15°C, enquanto F0 mostrou o pico endotérmico em 86,55°C. Conclusão: os filmes F2 e F3 apresentaram características potenciais para serem testados em embalagens flexíveis e ativas para alimentos.
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