FUNGA CULTURAL: MICOLOGIA FILATÉLICA DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1233Palavras-chave:
COLEÇÃO, DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA, FILATELIA, FUNGOS, SELOSResumo
Introdução: Fungos são seres vivos ubíquos, heterotróficos uni ou multicelulares, morfologicamente diversificados, importantes para o ecossistema, reciclagem da matéria orgânica e equilíbrio ecológico. Além dessas funções biológicas, os fungos, de uma maneira geral, fazem parte do imaginário coletivo sociocultural, sendo encontrados em diferentes estampas, desenhos infantis, jogos eletrônicos, filmes, desenhos animados, etc. Diversidade cultural define-se como diversidade biológica, cultural e linguística, incluindo inter-relações, dentro do complexo sistema adaptativo socioecológico. Este trabalho propõe o termo “Funga Cultural” como estudo da presença fúngica nas diferentes manifestações culturais. Como exemplo de manifestação cultural, este trabalho trata de relacionar fungos com filatelia. Objetivos: Realizar um inventário dos selos postais e comemorativos brasileiros que apresentam imagens de fungos, além de analisar suas representações na Funga Cultural e citar a classificação taxonômica das espécies estampadas nos selos. Material e Métodos: Pesquisa utilizou o “Catálogo de Selos do Brasil RHM”, principal obra de referência filatélica do país, sendo utilizada pelos colecionadores e comerciantes de selos brasileiros. Foram analisados todos os selos postais comemorativos emitidos pela Empresa de Correios e Telégrafos do Brasil durante o período de 1900-2019. Resultados: Desde o ano de 1900 até 2019, o Brasil emitiu 3.877 selos comemorativos. Desses, apenas dez (0,26%) têm estampas de fungos, distribuídos em três diferentes séries: três selos da série “Fungos”; um selo da série “Estação Ecológica do Taim-RS”; e seis selos da série “Diversidade de Fungos”. Os nomes científicos das espécies estão estampados nos selos. Exceto um selo da série Estação Ecológica. Porém, de acordo com suas características fenotípicas, provavelmente pertence ao filo Basidiomycota. Essa série é formada por uma dupla de selos e o fungo aparece somente no primeiro deles. Os táxons estampados nos outros selos foram: Pycnoporus sanguineus; Calvatia sp.; Pleurotus sp.; Clathrus chrysomycelinus; Clathrus columnatus; Geastrum violaceum; Hydnopolyporus fimbriatus; Laetiporus gilbertsonii e Oudemansiella cubensis. Conclusão: Os fungos apresentam pouca representatividade nos selos comemorativos brasileiros. Os selos fazem parte da cultura humana e aqueles com estampas de fungos podem ser inseridos como representantes da Funga Cultural. Ademais, pode-se usar o selo como mais um recurso didático no ensino da funga e na divulgação científica.
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