EFEITOS SINÉRGICOS DA ATRAZINA E GLIFOSATO NO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DE Gallus gallus
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/801Palavras-chave:
Agrotóxico, Embrião de Ave, Embriotoxicidade, SinergismoResumo
Introdução: O Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos no mundo. O glifosato e a atrazina, herbicidas proibidos em diversos países, estão entre os 10 compostos ativos mais comercializados no Brasil. Apesar da existência de alguns estudos acerca dos efeitos destes compostos sobre a reprodução dos organismos vivos, atenta-se ao fato de que resíduos dos químicos frequentemente se misturam na natureza, e assim aponta-se a importância do estudo de seus efeitos combinados. Objetivo: Avaliar os efeitos do glifosato sozinho bem como seus efeitos sinérgicos juntamente com a atrazina, ambos em concentração máxima de resíduo permitida em água potável, sobre o desenvolvimento embrionário de amniotos, utilizando como modelo o embrião de galinha. Material e métodos: Ovos de galinha fertilizados foram divididos em dois tratamentos, realizados em três experimentos independentes. No primeiro tratamento, foi realizada injeção de solução de glifosato (500 μg L-1 ) diluído em água ultrapura (n=71) ou injeção apenas de água ultrapura (controle) (n=70). No segundo tratamento, foi injetada solução da mistura de glifosato (500 μg L-1 ) com atrazina (2 μg L-1 ) diluída em acetonitrila (n=72), com grupo controle recebendo injeção de acetonitrila (250 μg L-1 ) (n=69). Após injeção, os ovos foram acondicionados em incubadora por sete dias, e os embriões foram coletados, sendo avaliados quanto a sua mortalidade, presença de malformações, estádio de desenvolvimento e peso. Resultados: Os dados coletados dos experimentos foram submetidos a análises estatísticas. Não foram observadas diferenças significativas em quaisquer das variáveis analisadas entre os grupos controles e tratados. Da mesma forma, não foram observadas diferenças significativas nas mesmas variáveis entre os embriões tratados dos dois tratamentos. Conclusão: Os resultados obtidos apontam que, em concentração máxima de resíduo permitida em água potável, o glifosato, isolado ou em mistura com atrazina, não causa perturbações no desenvolvimento embrionário de animais amniotos, em análises de toxicidade aguda.
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