PERCEPÇÃO DE PRODUTORES AGRÍCOLAS RELACIONADA À LOGÍSTICA REVERSA DE EMBALAGENS DE PESTICIDAS NO MUNICÍPIO DE URUÇUÍ – PI
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1278Palavras-chave:
RESÍDUOS TÓXICOS, AGROTÓXICOS, PRODUÇÃO AGRÍCOLAResumo
Introdução: Nas últimas décadas, o crescimento populacional humano vem intensificando-se, o que gera pressão nos sistemas de produção de alimentos. Uma alternativa para otimizar a produtividade, é o uso de pesticidas no combate a diferentes pragas que geram danos à produção. Entretanto, há grandes preocupações no elevado uso destes insumos no Brasil, e uma delas atrela-se ao correto descarte das embalagens vazias, haja vista que podem fornecer riscos ao ambiente e à saúde humana. Em 1980, o governo criou leis com intuito de dar uma destinação sustentável às embalagens. Assim, Logística Reversa é o retorno do produto de pós-consumo do consumidor para a indústria. No Piauí, há três unidades de recebimento, as quais localizam-se nos municípios de Teresina, Uruçuí e Bom Jesus. Objetivo: Objetivou-se conhecer o processo de logística reversa de embalagens de agrotóxicos utilizadas por produtores da comunidade Nova Santa Rosa, localizada no município de Uruçuí-PI. Material e Métodos: Foram utilizados questionários semiestruturados, formados por questões abertas e fechadas. Os questionários buscavam informações referentes ao conhecimento dos proprietários acerca do processo de obrigatoriedade da devolução das embalagens vazias de agrotóxicos. Resultados: Foram entrevistados 21 proprietários de fazendas produtoras de grãos. Uma parcela considerável dos partícipes (62%), afirmou trabalhar direta ou indiretamente com o ramo agrícola em média há 40 anos, apesar de não apresentar formação acadêmica na área (71%). Quando questionados sobre a finalidade da logística reversa, 29% entendiam/conheciam, e que o descarte incorreto destas acarretaria malefícios ao meio ambiente. 95% dos entrevistados afirmaram que são informados sobre a obrigatoriedade dos procedimentos corretos ao manuseio dos produtos químicos. Em contrapartida, 5% afirmaram não serem informados e, por isso, não realizam as devidas precauções. Observou-se também que a maior parte dos proprietários (95%), costumam inutilizar as embalagens de agrotóxicos após a tríplice lavagem, respeitando a lei 9.974/2000. Conclusão: Os participantes do estudo detêm conhecimento sobre as legislações que preconizam o descarte correto das embalagens de agrotóxicos. No entanto, ainda é necessário um delineamento de políticas públicas voltadas para sensibilização dos agricultores quanto à correta destinação dos materiais supracitados, bem como uma maior fiscalização nas unidades produtoras.
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