AVALIAÇÃO DA MORFOLOGIA DO CORPO ADIPOSO BUCAL: ESTUDO DE REVISÃO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2329Palavras-chave:
CORPO ADIPOSO BUCAL, HISTOLOGIA, MORFOLOGIAResumo
Introdução: O corpo adiposo bucal (CAB) foi descrito pela primeira vez por Heister, em 1732, como uma estrutura glandular, sendo sua natureza gordurosa definida, posteriormente, por Bichat, em 1802. Este tecido possui função mecânica, de proteção e estética, sendo a estrutura responsável pela determinação dos contornos faciais. Contudo, a literatura revela várias aplicações do CAB na reconstrução oral, incluindo o fechamento de defeitos cirúrgicos após a excisão de tumores, cirurgias para remoção de leucoplasias e fibroses submucosas, fechamento de fendas palatinas, cobertura de enxertos ósseos, revestimento da superfície do seio maxilar e reparo celular. Objetivos: Avaliar a morfologia do corpo adiposo bucal. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura através de bases indexadoras Scielo e PubMed, utilizando os descritores “histology” e “buccal fat pad”. A busca foi realizada sem restrição de idioma da fonte das informações até 06 de setembro de 2021. Foram incluídos nesta pesquisa artigos completos e excluídos cartas ao Editor, opiniões individuais e livros. Resultados: Histologicamente, o corpo adiposo bucal consiste em um estroma de tecido conjuntivo contendo uma população celular heterogênea, dentre as quais podem ser destacadas células-tronco adiposas (ASCs). A literatura ainda indica que tais células podem se diferenciar em várias linhagens celulares, incluindo adipócitos, osteoblastos, condrócitos, miócitos, células neuronais, células endoteliais e hepatócitos. Ainda, o tecido adiposo secreta uma variedade de fatores de crescimento angiogênicos e antiapoptóticos. Muitos estudos demonstraram que produtos derivados de secreções de células-tronco mesenquimais (MSCs) possuem efeitos terapêuticos nos principais processos patológicos associados às funções homeostáticas básicas, como diferenciação e proliferação celular, angiogênese e vasculogênese, inflamação e estresse oxidativo.Cabe ainda ressaltar que, devido a essas propriedades, o corpo adiposo bucal está sendo usado em ensaios clínicos de várias patologias, incluindo doenças imunológicas e opção terapêutica no tratamento de pacientes infectados por SARS-COV-2. Conclusão: O corpo adiposo bucal pode ser considerado fonte de uma população celular heterogênea.
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