PROTEÍNA NÃO-ESTRUTURAL (NS1) COMO FERRAMENTA DIAGNÓSTICA PRECOCE E ALVO TERAPÊUTICO NA DENGUE
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2230Palavras-chave:
ANTICORPOS, CITOCINAS, DENGUE, NS1Resumo
Introdução: A dengue é uma arbovirose tropical negligenciada mundialmente, transmitida pelo Aedes aegypti. A proteína não-estrutural 1 (NS1) está presente nos quatro sorotipos da dengue, e é um importante marcador de viremia na fase inicial da doença por ser secretada na circulação durante a replicação viral, está associada a doença clínica grave que se manifesta como febre hemorrágica da dengue (DHF) ou síndrome do choque da dengue pela indução de interleucina (IL) ‐10 e tem sido estudada além de biomarcador para diagnóstico, como alvo terapêutico. Objetivos: Descrever o uso da proteína não estrutural (NS1) para diagnóstico precoce da dengue e como potencial alvo terapêutico. Material e métodos: Foi realizado uma revisão da literatura, onde os artigos foram consultados nas bases de dados científicos: NCBI e Scielo, com os termos: “Dengue”, “NS1”, “Patogênese”, publicados entre 2014 e 2020. Resultados: Estudos mostram que a NS1 contribui na patogênese da doença, ao interagir com o endotélio e induzir vazamento vascular, uma característica clínica da dengue grave, também ativando o sistema complemento e induzindo citocinas imunossupressoras. Por isso, sua detecção precoce contribui para o diagnóstico/tratamento imediato, prevenindo a evolução para formas mais agressivas da doença. Essa proteína também pode ser utilizada para identificar quais pacientes tem chances de desenvolver febre hemorrágica, pois durante a fase inicial da doença os níveis de NS1 são mais altos. Tem sido recomendada a combinação da detecção do antígeno NS1 na circulação e dos anticorpos anti-NS1 para melhorar a sensibilidade e a especificidade do diagnóstico. Em estudos em camundongos, os anticorpos anti-NS1 podem reduzir a replicação viral de células infectadas, bloquear os efeitos patogênicos desencadeados por NS1 in vitro e em in vivo. Conclusão: É necessário o desenvolvimento de novos testes que aumentem a sensibilidade e especificidade do diagnóstico da NS1 e também tratamentos direcionados à NS1 que podem ser úteis na redução da gravidade da doença.
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