AÇÃO ANTIMICROBIANA DAS FLORES DE ANACARDIUM OCCIDENTALE E DO ÁCIDO ELÁGICO PRESENTE NO EXTRATO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/965Palavras-chave:
Anacardium Occidentale, ácido Elágico, Staphylococcus Aureus, Enterococcus FaecalisResumo
Introdução: As infecções bacterianas têm aumentado significativamente nas últimas décadas, sobretudo aquelas ocasionadas por microrganismos multirresistentes. Assim, o uso de produtos naturais com finalidades terapêuticas surge com alvo de bioprospecção na busca de novos compostos com ação antimicrobiana. Além disso, o uso de insetos, como o Tenebrio molitor como modelo experimental para avaliação in vivo tem sido muito frequente, pois exige menos material em relação aos testes com animais vertebrados. Objetivo: O presente trabalho investigou o efeito citotóxico e ação antimicrobiana do extrato hidroalcoólico das flores de Anacardium occidentale (EHAo) e do ácido elágico. Material e Métodos: Avaliamos a citoxicidade de ácido elágico e do EHAo nas concentrações (1; 5 e 50mg/kg) em Tenebrio molitor. A ação antimicrobiana para Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus, Streptococcus mutans, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae e a toxicidade do ácido elágico, foi avaliada por microdiluição, segundo a norma M7-A6 do manual da Clinical and Laboratory Standards Institute – CLSI. Foi determinada a Concentração Bactericida Mínima (CBM) e concentração inibitória mínima (CIM), em culturas de 24 horas, incubadas à 37ºC. Resultados: No ensaio de citotoxidade aguda se verificou que nenhuma das concentrações usados foram tóxicas, pois não ocorreram óbitos e nem nenhuma anormalia morfológica nas larvas de Tenebrio molitor. Os testes de concentração inibitória mínima (CIM) de concentração bactericida mínima (CBM) mostraram que o EHAo apresentou ação bactericida para Enterococcus faecalis em todas as concentrações testadas. Para Staphylococcus aureus os resultados mostraram ação bactericida para as maiores concentrações e bacteriostática para a menor diluição. O ácido elágico teve ação bactericida apenas para Enterococcus faecalis. Para as bactérias Streptococcus mutans, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae as concentrações de EHAo e ácido elágico testadas não foram inibitórias. Conclusões: Os resultados mostraram baixa toxicidade tanto para o EHAo como para o ácido elágico e ainda, que o extrato apresentou melhor efeito antimicrobiano do que o ácido elágico, para Enterococcus faecalis e Staphylococcus aureus.
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