ATENDIMENTO À ANAFILAXIA NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA: UM RESUMO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/960Palavras-chave:
Anafilaxia, Crianças, Emergência, Subdiagnóstico, SubnotificaçãoResumo
INTRODUÇÃO: A anafilaxia é um processo imunológico mediado pelo anticorpo IgE, que reage contra diferentes substâncias que funcionam como antígenos, liberando histamina e outros mediadores resultantes da desgranulação de basófilos e mastócitos. É muito comum em crianças, apesar de subdiagnosticada, pois seu sistema imunológico ainda está imaturo e nem sempre os pais reconhecem os sinais da ‘’alergia’’. Trata-se de uma emergência pois é uma reação multissistêmica, de início aparentemente súbito e de evolução rápida. OBJETIVO: O presente estudo visa conscientizar os profissionais de saúde acerca da importância do diagnóstico rápido da anafilaxia pediátrica, a fim de que não ocorra a progressão para um quadro fatal. Métodos: Realizou-se uma revisão literária utilizando os seguintes descritores: ‘’anafilaxia’’, ‘’pediatria’’, ‘’choque anafilático’’, através das plataformas Pubmed, Scielo e UptoDate, nas línguas português, inglês e espanhol, no período de 2013 a 2020. Foram encontrados 27 artigos e 9 não se adequaram ao tema proposto. RESULTADOS: Através dos selecionados, constatou-se que há poucos estudos sobre o tema, devido sobretudo ao subdiagnóstico e subnotificação, não sendo encontrados dados para a faixa de 0 aos 17 anos de vida. Entretanto, ficou claro que a principal causa dessa reação de hipersensibilidade em crianças é a alimentação. Observou-se os sintomas mais comuns, que vão desde uma irritação da pele e mucosa em 80 a 90% dos casos, acometimento do sistema respiratório em 70%, cardiovascular por volta de 45%, até o neural em 10 a 15% dos casos. Contatou-se que a adrenalina, por via intramuscular, é a droga de primeira escolha para reverter a anafilaxia devido à ação beta agonista, que promoverá vasoconstrição, aumento da resistência vascular periférica e redução do edema de mucosa, além de broncodilatação. Essas ações promovem a reversão do quadro e impossibilitam a evolução deste para o choque, pois a hipotensão, principal sinal de descompensação, aparece de maneira súbita e tardia nas crianças. CONCLUSÃO: Assim, pode-se aferir que o desconhecimento do quadro tanto pelos pais quanto pelos profissionais de saúde, atrelado a uma escassez de produções científicas sobre o tema, dificultam o diagnóstico, e consequentemente, prejudicam uma conduta rápida, algo imprescindível para salvar a vida da criança.
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