BIOATIVIDADE COMPARATIVA ENTRE O EXTRATO BRUTO E O EXTRATO FRACIONADO EM DICLOROMETANO DAS FOLHAS DE Plectranthus grandis SOBRE Biomphalaria glabrata
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/717Palavras-chave:
Biomphalaria glabrata, Esquistossomose, Plectranthus grandis, Produtos naturais, ToxicidadeResumo
Introdução: A esquistossomose é uma doença parasitária causada pelo schistosoma mansoni. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) esta doença infecta mais de 200 milhões de pessoas, resultando em aproximadamente 200.000 mortes por ano. Objetivo: O objetivo deste estudo foi testar e comparar a atividade moluscicida do extrato bruto e do extrato fracionado em diclorometano das folhas de Plectranthus grandis sobre Biomphalaria glabrata. Material e métodos: O extrato bruto em diclorometano foi realizado no extrator soxhlet. A fração em diclorometano foi obtida através da cromatografia tipo “flash”. Os bioensaios foram realizados com moluscos de 10-12 mm, onde foram alocados em placas de 24 poços. Foram utilizados controles negativos (água destilada e DMSO 1%) e controle positivo (Niclosamida). Neste bioensaio, os caramujos foram expostos, por 24h e 48h. Os experimentos foram realizados em triplicata. Resultados: No ensaio moluscicida com o extrato bruto em diclorometano das folhas de Plectranthus grandis, foi possível observar uma taxa de mortalidade de 100 %, na concentração de 600 mg/L. Após o período de 48 h foi possível calcular as concentrações letais 50 e 90 sendo, 150 mg/L e 318 mg/L, respectivamente. No ensaio moluscicida com a fração em diclorometano, na concentração de 300 mg/L a taxa de mortalidade foi de 100 %. As concentrações letais das frações em diclorometano foram de CL50 = 134,71 mg/L e CL90 = 239, 97 mg/L. Conclusão: Pode-se observar que o extrato bruto e a fração em diclorometano apresentaram atividade moluscicida sobre Biomphalaria glabrata. Foi possível calcular as concentrações letais do extrato bruto e da fração em diclorometano e pode-se observar que a concentração letal 90 da fração em diclorometano está mais próximo do valor recomendado pela OMS. De acordo com estes dados, sugerem-se mais estudos utilizando a fração sobre embriões de B. glabrata e cercárias de Schistosoma mansoni.
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