USO TERAPEUTICO E RECREATIVO DOS COGUMELOS MAGICOS

Autores

  • Michele de Lima Alves
  • Arthur Hennys Alves

Palavras-chave:

Cogumelos Mágicos, Farmacologia de psicodélicos, Psilocibina

Resumo

Introdução: O cérebro contém cerca de 100 bilhões de células nervosas, que estabelecem mais de um trilhão de conexões denominadas sinapses, sendo capaz de se aperfeiçoar e progredir durante toda ao longo da vida. As sinapses estão em constante e dinâmico estado de reorganização em resposta ao mundo interpretando e elaborando o mundo ao seu redor. Disfunções em áreas especificas do cérebro, causam danos muitas vezes irreversíveis ao comportamento social, afetivo, cognitivo e racional. Doenças como Alzheimer, Parkinson, depressão e transtornos psicoativos tem sido tema para trazer à tona experimentos em procura de tratamentos para essas doenças através de drogas alucinógenas que passaram a ser conhecidas por sua efetividade psíquica em 1950. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo levantar informações acerca da psilocibina, seus efeitos farmacológicos e seu uso terapêutico. Material e métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica utilizando como descritores para pesquisa: Cogumelos mágicos, Psilocibina, Terapêutica com alucinógenos. Resultados: A psilocibina é uma substância psicoativa que possui estrutura molecular muito parecida com DMT, encontrada na Ayahuasca e Bufotenina, encontrada em alguns sapos, essas substâncias são alucinógenas, e muito importantes pois possuem essencialmente a mesma estrutura do neurotransmissor endógeno, a serotonina, diferenciando-se apenas pelo grupo dimetil. Após ingerido o cogumelo, a psilocibina sofre desfosforilação, dando origem a seu metabolito psilocina, que irá agir diretamente em receptores serotoninérgicos os estimulando de maneira agonista, promovendo maior absorção de serotonina na fenda sináptica. O consumo da psilocibina promove a diminuição do fluxo sanguíneo no tálamo e centros de integração cortical, como o córtex cingulado posterior e córtex pré-frontal medial, aumentando a densidade de concentração de receptores serotoninérgicos 2A, ativados pelos psicodélicos. Há a flexibilidade da consciência, aumento de imaginação, criatividade ilimitada e aumento das conectividades basais, responsáveis pela função de auto referênciamento e níveis introspectivos. Conclusão: O uso dos cogumelos mágicos em tratamentos terapêuticos vem revertendo um marcador especifico da sintomatologia da depressão assim como ansiedade, agressividade, comportamento compulsivo e problemas afetivos quando resistentes à abordagem com um único medicamento. A serotonina e a psilocibina agem da mesma forma no cérebro, reação capaz de modificar a personalidade humana.

Publicado

2020-09-01

Como Citar

Alves, M. de L., & Alves, A. H. (2020). USO TERAPEUTICO E RECREATIVO DOS COGUMELOS MAGICOS. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 1(3), 91. Recuperado de https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/467