ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE SUCOS DE LARANJA DE LANCHONETES NO RECIFE-PE

Resumo

Introdução: A mudança nos hábitos alimentares do brasileiro devido à melhoria na qualidade de vida é o que torna crescente a procura por alimentos mais saudáveis. Para acompanhar o novo avanço da sociedade, as indústrias vêm investindo em alimentos mais naturais, seguindo a mente do seu público alvo. Os sucos estão presentes para agregar valor nutricional à dieta e fortalecimento ao corpo, com um teor de acido ascórbico e vitamina C elevados principalmente quando extraídos diretamente da própria fruta. Sendo uma bebida não pasteurizada, não fermentada, com sua vida útil reduzida, sendo necessário o consumo rápido. O Brasil pode ser considerado o segundo maior produtor mundial de citros por seu crescimento tecnológico. Na região Nordeste, no ano de 2017, a produção média foi de 1,6 milhões de toneladas. Apesar disso, o local de estocagem, os equipamentos, vestuário dos funcionários e higiene são fatores que elevam o risco de contaminação. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar a qualidade microbiológica dos sucos laranja in natura de lanchonetes do Recife. Material e Métodos: O estudo foi do tipo descritivo quantitativo. Critério de inclusão, amostras de quatro lanchonetes escolhidas aleatoriamente de bairros no entorno de um centro privado de ensino do Recife, no período de março a maio de 2018. Sendo coletadas duas amostras de cada estabelecimento (com gelo e sem gelo) totalizando em oito amostras e identificadas como A e B concomitantemente. Com análises feitas em triplicata. Logo após, encaminhados para o Centro Universitário Maurício de Nassau. Resultados: Foram feitos semeios em placa com ágar para bactérias gram negativas e gram positivas, em capela de fluxo laminar. Posteriormente foram encontradas amostras de unidades formadoras de colônias de Escherichia coli, Klebisiella spp. e também colônias de cocos gram positivos. Conclusão: Foi observada que grande parte da contaminação esteve associada à utilização do gelo, tendo em vista o resultado associado à possibilidade de uma compra de gelo de procedência duvidosa. Em alguns locais a utilização de máquinas onde não há contato do profissional contribuiu para preservação das propriedades organolépticas e sanitárias de forma visível no crescimento bacteriano em laboratório.