SINTOMAS DEPRESSIVOS ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA: UMA COMPARAÇÃO ENTRE O PRIMEIRO E O DÉCIMO SEGUNDO PERÍODO

Resumo

Introdução: A preocupação com o bem-estar psicológico e qualidade de vida dos estudantes de medicina vem se tornando foco em pesquisas. Todos os fatores estressantes podem levar aos estudantes a acionarem mecanismos de defesa psicológicos, como dissociação ou isolamento afetivo. Dessa forma, fez-se necessário conhecer suas condições psíquicas. Objetivo: avaliar prevalência de sintomas depressivos entre os alunos do primeiro e décimo seguro período. O conhecimento de indicadores subsidiará e direcionará estratégias para promoção à saúde, bem como terapêuticas específicas da população estudada. Material e métodos: os sintomas depressivos foram rastreados por meio do Inventário de Beck (IDB) aplicado a 124 alunos de medicina de uma instituição privada de Minas Gerais matriculados no primeiro e décimo segundo, durante agosto e dezembro de 2019. Os pontos de corte para ausência de sintomas depressivos, sintomas leves, moderados e graves foram, respectivamente, 0-3, 4-7, 8-15 e 16 ou mais. Levantaram-se dados demográficos por meio de questionário. Resultados: dos 124 participantes da pesquisa, houve predomínio de jovens, do sexo feminino, solteiros, 64 cursavam o primeiro período e 60 o décimo segundo. A prevalência de 76% da amostra possuem quadro depressivo de leve a moderado, sendo 46 alunos (77% ) alunos do décimo segundo e 23% do primeiro período. Conclusão: o presente estudo, contribuirá para que os estudantes recebam suporte de equipe profissional e possam perceber e alterar sua condição de fragilidade nesse cenário propiciando reflexos nas ações de saúde destes futuros profissionais, tendo em vista os dados obtidos. As excessivas cargas horárias e a ansiedade progressiva com a finalização do curso merecem maior atenção no processo de mudança curricular, com isso haverá planejamento para direcionar instituições de ensino, com o intuito de auxiliá-las na excelência da formação.