RECÉM-NASCIDOS EM TEMPO DE PANDEMIA: REVISÃO INTEGRATIVA

Resumo

Introdução: Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias e esse novo agente, SARS-CoV-2, foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China, provocando a doença COVID-19. Portanto, neste período de pandemia, diante do desconhecimento, incertezas e de escassas evidências científicas, o compromisso com o cuidado ao recém-nascido é algo essencial. Objetivo: Identificar na literatura estudos relacionados ao acometimento de infecções por coronavírus em recém-nascidos. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, utilizando como descritores/MeSH “Infecções por coronavirus” “Recém-Nascido” “Infant, Newborn” “coronavirus” nas bases de dados LILACS, PUBMED e GOOGLE SCHOLAR, disponíveis em qualquer idioma, publicados nos anos de dezembro de 2019 à maio de 2020, foram incluídos artigos de revisão que estejam disponíveis online no formato completo e excluídos teses, dissertações e guias. Resultados: Foram encontrados 612 resultados nas bases mencionadas, destes, foram selecionados 13 artigos que atenderam os critérios estabelecidos pela pesquisa. Os estudos identificaram que os recém-nascidos de modo geral podem ser significativamente menos afetados pela COVID-19 e mesmo quando ocorre a infecção os sinais clínicos tendem a ser mais leves quando comparados à adultos infectados, no entanto, existem alguns registos de óbitos. Foram identificados alguns estudos relacionados à transmissão vertical, porém duvidosos quanto a fragilidade em sua metodologia, sendo que até o momento, apenas um estudo apresenta evidência forte de caso único. Deste modo, alguns estudos têm mostrado transmissões horizontais. Conclusão: As evidências científicas são escassas em relação a infecção pelo COVID-19 em recém-nascidos e talvez isto se deva ao fato de menor infecção e de possíveis desfechos negativos nesta população tão específica. No entanto, novos estudos estão sendo produzidos com o objetivo de respaldar os profissionais de saúde na assistência e o que se tem como certeza é que a prevenção ainda é a melhor estratégia.