PERFÍL DE DOENÇAS E AGRAVOS NOTIFICADOS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO

Autores

  • Jhessica Pedroso Alves
  • Desirée Zago Sanchis
  • Daniele Imadura
  • Edlívia Dias de Mattos
  • Maria do Carmo Fernandez Lourenço Haddad

Palavras-chave:

vigilância epidemiológica, ambiente hospitalar, doenças de notificação compulsória

Resumo

Introdução: Segundo o Ministério da Saúde, a vigilância epidemiológica é um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, detecção ou prevenção de qualquer fator que venha a ter impacto na saúde individual ou coletiva, viabilizando subsídios para o planejamento de ações para controle de doenças e agravos. Considerando que o ambiente hospitalar é uma importante fonte de Doenças de Notificação Compulsória, principalmente casos mais graves, em 2004, foi publicada a portaria n° 2.529, na qual foi instituída a Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar como parte integrante do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde. Objetivo: Analisar as doenças e agravos notificados em um hospital filantrópico de alta complexidade localizado no norte do Paraná. Material e métodos: O trabalho concerne em um estudo retrospectivo, epidemiológico, para o qual, empregou-se o banco de dados do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar da instituição, com os casos notificados de janeiro de 2017 a março de 2020. Os casos foram notificados de acordo com o preconizado, na suspeita ou confirmação, dependendo da doença ou agravo. Resultados: Neste período, houveram 6841 notificações, destas, o agravo de maior incidência foi a dengue com 73,18%, seguido pelas violências (5,61%), hepatites virais (4,34%), acidente de trabalho grave (2,95%), intoxicação exógena (2,82%), atendimento antirrábico humano (2,57%), síndrome respiratória aguda grave (1,91%), sífilis adquirida (1,29%), HIV/AIDS (1,07%) e outras doenças e agravos com valores abaixo de 1%, em ordem decrescente: meningites virais, eventos adversos pós vacinação, meningites bacterianas, acidentes com animais peçonhentos, tuberculose, zika vírus, sífilis congênita, outras meningites, leptospirose, Paralisia Flácida Aguda, coqueluche, cisticercose, febre maculosa, malária, paracoccidiomicose e síndrome da rubéola congênita, que somam um total de 4,26%. Conclusão: Frente aos dados levantados, podemos observar, que o maior número de notificações foram de dengue, com um índice de 73,18%, o que evidência a necessidade da implementação de estratégias para enfrentamento desta doença que, com o passar dos anos acumula cada vez mais casos, sendo considerada um importante problema de saúde pública para o Estado do Paraná.

Publicado

2020-09-01

Como Citar

Alves, J. P., Sanchis, D. Z., Imadura, D., Mattos, E. D. de, & Haddad, M. do C. F. L. (2020). PERFÍL DE DOENÇAS E AGRAVOS NOTIFICADOS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 1(3), 53. Recuperado de https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/429