TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM CUIDADORES DE IDOSOS ATENDIDOS PELO SAD
UM ESTUDO TRANSVERSAL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3705Palavras-chave:
saúde mental, cuidadores, idososResumo
Introdução: Diante do processo de envelhecimento da população mundial a figura do cuidador de idosos tornou-se essencial. O desgaste a que são submetidos ratifica a necessidade de estudar a saúde mental destes atores sociais e produzir informações suficientes que fomentem ações de saúde efetivas para este público. Objetivo: Investigar a prevalência de Transtornos Mentais Comuns em cuidadores de idosos de um Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) em uma capital no nordeste do Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo transversal que utilizou questionários 3 para a coleta de dados dos cuidadores de idosos, maiores de 18 anos, atendidos pelo SAD (n=79). Os instrumentos de avaliação incluiram um questionário sociodemográfico; a Escala de Zarit Burden e o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). Para a análise dos dados todos os testes foram aplicados com 95% de confiança e os resultados foram apresentados em forma de tabela com suas respectivas frequências absoluta e relativa. As variáveis numéricas estão representadas pelas medidas de tendência central e dispersão. Resultados: Participaram da pesquisa 79 cuidadores, a maioria eram mulheres (86%), com vínculo familiar (84,8%), com destaque para filhos (41,8%) e cônjuges (26,6%). Entre as mulheres, na distribuição dos graus de sobrecarga, 38% apresentou sobrecarga leve, 26% moderada e 35,3% grave, já os homens apresentaram predominantemente sobrecarga leve (72,7%). Entre os entrevistados, 51,9% afirmaram considerar os idosos, a quem se dedicam, pessoas saudáveis. A maior parte destes com uma percepção positiva sobre a saúde do idoso, não apresentou sofrimento mental (76,3%). Quanto ao motivo pelo qual o idoso necessita de cuidados, as variáveis “Saúde mental” (p< 0,033) e “Lesão Por Pressão” (p< 0,035) destacaram-se em relação à sobrecarga. Por fim, verificou-se sofrimento mental em 66,7% dos cuidadores com sobrecarga grave, enquanto a sobrecarga leve foi associada à ausência de sofrimento mental (94,1%) nesses participantes (p< 0,001). Conclusão: O presente estudo evidencia a urgência de políticas mais efetivas, relativas à saúde mental dos cuidadores de idosos, para que não permaneçam desamparados, vivenciando a dura realidade da incapacidade funcional, inseridos em um sistema que parece não compreender que cuidar de quem cuida também é uma obrigação da rede de saúde.
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